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Opinião
Quarta - 24 de Fevereiro de 2021 às 09:41
Por: Gilson Nunes

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Com tantos problemas que o mundo está passando, uma pergunta que tenta desviar o foco é a velha pergunta: Quem somos nós? Entra em questão todo um conceito de conceitos, postura, personalidade, humildade, igualdade social, discriminação e por aí vai. Não estou curioso com aquelas perguntas de onde viemos e para onde vamos. Não, nada disso. O assunto é muito mais sério do que se possa imaginar.

Quando ignoramos nossos defeitos, estamos ignorando a razão, lógica de bom senso, de respeito e de fraternidade. A palavra “DIREITO” que cada um de nós pensa ter, não passa de uma blasfêmia ordinária, escrupulosa que não dimensiona os efeitos criminais de sua significância. Enquanto isso o povo, as classes menos favorecidas, que não fazem parte de nenhum poder, que vivem na periferia de suas vidas, de seus endereços, capengam pelo milagre do pão. Nada se faz ou se tenta fazer para mudar essas estações.

As pessoas, grande parte delas, ainda demoram a entender que é preciso rever os seus conceitos para se enquadrar na nova ordem do dia

A tal da pandemia, creio eu, vem transformando o mundo. As pessoas, grande parte delas, ainda demoram a entender que é preciso rever os seus conceitos para se enquadrar na nova ordem do dia. O Brasil vem se comportando de forma esquisita, esdrúxula e insipida ao ignorar a sociedade como um todo. É preciso entender que as pessoas estão sofrendo e que a transformação mundial só sobreviverá caso as nações entendam que o radar aponta para horizontes desconhecidos, mas procura levar a humanidade a ser mais humana, consciente, fraterna. A ambição no novo mundo torna-se mesquinho, um flagelo incomensurável que arrota consequências inadmissíveis. Será que os que usam essa carapuça vão se enxergar? Não creio.

O mundo parece estar encontrando caminho para conter a pandemia. As milagrosas vacinas estão sendo aplicadas. Os resultados com relação à saúde são visíveis. Porém, como dizem os espiritualistas, “nada acontece por acaso”. Nada disso aconteceu sem nenhuma explicação, sem nenhum motivo aparente.

Não tenho poder de mediunidade e nem sou adivinhador, mas posso dizer que a maior sequela que a pandemia do Covid-19 está deixando é outra ainda pior: “A DEPRESSÃO”. Para essa nova pandemia, já está em órbita e em lua cheia, volto a dizer, os menos favorecidos vão pestanejar até a morte. Não haverá a preocupação de caos na saúde porque Depressão é uma patologia inerente aos ricos que podem ter assistência médica com seus planos de saúde e outros benefícios que alimentam as desigualdades.

Diante de tantos problemas absurdos a pergunta que está na boca da botija é: quem somos nós? Ou seja, que ser humano sou eu? Tenho dois olhos para enxergar somente a mim? Longe, mas muito longe mesmo, de querer fazer entender dessa realidade uma apologia de bem-querer do Covid-19 e sua transformações, peço a Deus que assim que ela passar que a sociedade brasileira, assim como todo o mundo, olhe para dentro de si mesmo e tente enxergar com o coração ao invés do umbigo. Lembrem: A pandemia quer saber “quem são vocês, pois ela não escolheu o mais bonito ou o mais feio, foi curta e grossa em seu objetivo”.

Gilson Nunes é jornalista



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