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Opinião
Quinta - 04 de Março de 2021 às 06:12
Por: Max Russi

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A experiência de vivenciar uma vitória nas urnas é muito gratificante. Nós, políticos, que dependemos do voto de nossos compatriotas para podermos exercer mandatos públicos, sabemos o quanto é tenso o período eleitoral e como o “sim” nas urnas consiste em um feito importante. No entanto tenho clareza, como cidadão atuante na política há mais de duas décadas (nas funções de vereador, prefeito, secretário de Estado e deputado estadual) de que o real significado de ser eleito fica, de fato, evidente, não no momento da celebração da vitória – mas nas adversidades.

Já faz um ano que a palavra pandemia tomou frente em nossa rotina. Atitudes simples e corriqueiras, como ir ao supermercado, à igreja ou à escola adquiram uma complexidade que não imaginávamos viver. Uso de máscara, higienização constante das mãos e afastamento das outras pessoas passaram a ser condições – universais - fundamentais à vida e à saúde. Estatísticas do avanço da Covid-19, dados sobre disponibilidades de UTIs e informações sobre eficiência de vacinas passaram a fazer parte no nosso dia a dia. Ligou a TV, o rádio, leu o jornal ou site e lá está o tema pandemia, sempre assustador e grave.

Precisamos tomar decisões com coerência e comunicar essas decisões com clareza. A falta de decisões harmônicas e claras traz, também, consequências danosas

No meio disso tudo, nós e nossas famílias vamos vivendo dia após dia, buscando vencer as dificuldades. E no meio disso tudo estamos nós, os políticos, gestores públicos escolhidos pelo povo, buscando soluções para os mais diversos problemas gerados pela pandemia. Essa é nossa tarefa: batalhar pela redução dos impactos econômicos e sociais desse vírus tão danoso.

Neste sentido, importante que nós, gestores públicos, permaneçamos focados. Precisamos tomar decisões com coerência e comunicar essas decisões com clareza. A falta de decisões harmônicas e claras traz, também, consequências danosas – e não é disso que a população precisa. Quando não há consenso no Executivo – situação que testemunhamos essa semana na região metropolitana de Cuiabá – outros Poderes têm que assumir a frente e fazer a gestão. Pergunto: é assim, mesmo, que vamos continuar caminhando?

O consenso é possível, produtivo e eficiente – mas depende do querer. Nosso Brasil, que não consegue, lamentavelmente, evoluir na vacinação contra a Covid (mesmo sendo exemplo de sucesso em campanhas de imunização), sofre os efeitos de ações governamentais descoordenadas e estrategicamente equivocadas. Estamos cansados dessa situação e não podemos permitir que ela se replique localmente, em nosso Estado. Para tanto, nós, políticos, gestores públicos, necessitamos atuar com bom senso e em consenso. É possível. Todos ganham – sobretudo a democracia.

Max Russi é presidente da Assembleia Legislativa



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