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Opinião
Sexta - 05 de Março de 2021 às 12:31
Por: Alfredo da Mota Menezes

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O MDB em Cuiabá vem passando por certa trepidação. Coisa natural num partido politico. A direção estadual indicou Janaína Riva para presidir provisoriamente o partido na capital no lugar do presidente eleito, Francisco Faiad. Ele é ligado ao grupo politico do Emanuel Pinheiro. Janaina e Emanuel andaram e andam se estranhando.

Carlos Bezerra, com a nomeação da Janaína e afastamento do Faiad no diretório da capital, mostrava um posicionamento contrário ao Emanuel. Agora até falam em aceitar um nome novo para dirigir o partido em Cuiabá. Se vier, estaria mais ligado a qual lado do partido?

No caso do MDB já se teria dois nomes com chances, o Bezerra e o Juarez Costa. Será que o MDB faria dois deputados federais?

Nesse interessante embate, o Emanuel também deu cutucão nos deputados estaduais do MDB que votaram matéria de interesse do governo do estado. Até os chamou de vaquinha de presépio. Recebeu de volta outros cutucões também.

Emanuel, levando a política para o lado místico, falou que “está nas mãos de Deus” sair candidato ou não ao governo em 2022. A Janaina, mais de uma vez, disse que só se for em outro partido. Que o MDB deve caminhar com Mauro Mendes, se for candidato à reeleição.

Apareceu no jogo também o Silvano Amaral, Secretário de Agricultura Familiar do governo Mauro, indicação do MDB. Deputados do MDB criticaram o comportamento do Silvano na secretaria e o não atendimento a reivindicações partidárias.

Falou-se até que ele poderia ser substituído por outro nome do partido. Mas esbarrou no fato de que o Silvano é indicação do Juarez Costa, deputado federal da sigla. Silvano defende apoio do partido a uma reeleição do Mauro.

Bezerra, com 80 anos no ano que vem, deve ser candidato à reeleição a deputado federal. Ele é perito, dizem os que convivem ou conviveram com ele na sigla. em colocar o partido na direção que o beneficie politica e eleitoralmente. O que for melhor para isso fará o Bezerra caminhar nessa ou naquela direção. Não está claro ainda esse horizonte.

É que deve ser levado em conta também que, na eleição do ano que vem, não haverá coligação na proporcional. Os partidos devem lançar seus candidatos a deputado federal e tentar sozinho, sem coligação, fazer um número determinado de votos para eleger um ou mais de um deputado.

No caso do MDB já se teria dois nomes com chances, o Bezerra e o Juarez Costa. Será que o MDB faria dois deputados federais? Vai ser uma eleição diferente, todos partidos vão lançar muitos candidatos na busca daquele número mínimo de votos. Será uma eleição muito disputada, com forte dispersão de votos pelo número de candidatos na disputa.

Tem mais um caso ainda no MDB. O Emanuel deve apoiar a recandidatura de seu filho, o que atrapalha os planos do Bezerra. Se o filho for para o MDB a coisa continuaria complicada, pois o Emmanuel o apoiaria e é quase impossível o MDB eleger três nomes: Bezerra, Juarez e Emanuel (filho). Se o Bezerra perde, o partido iria para onde, quem ou qual grupo? As cenas dos próximos capítulos estão sendo montadas. Aguardem.

Alfredo da Mota Menezes é analista político



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