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Opinião
Sexta - 12 de Março de 2021 às 06:26
Por: Renan Ferreira

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Entre os dias 7 e 13 de março comemora-se a Semana Mundial de Combate ao Glaucoma, movimento que visa prevenir e alertar a população para a doença conhecida como “o ladrão invisível da visão”. Esse mal é assunto de extrema relevância, pois retrata uma condição ocular que não apresenta cura, na qual os seus sintomas são imperceptíveis no início e a cegueira, quando acontece, é de forma permanente, ou seja, sem possibilidade de reabilitação com a medicina atual.

O glaucoma representa hoje uma das principais causas de cegueira irreversível em nosso meio. Acomete cerca de 76 milhões de pessoas no planeta, e aproximadamente metade delas ainda não sabe que tem a doença, e por isso, estão em risco iminente de perder a visão. Este número ultrapassará os 110 milhões em 2040, segundo estimativas do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). No Brasil, estima-se que entre 2-3% da população brasileira acima de 40 anos possa ter a doença, o equivalente a cerca de 1,5 milhões de pessoas.

O glaucoma é uma doença do nervo óptico (neuropatia óptica) e de causa multifatorial, podendo acometer qualquer pessoa e em qualquer fase da vida. Entretanto, existem fatores de risco e/ou “grupos de riscos” bem definidos, tais como: os idosos, os diabéticos, as pessoas com histórico familiar para glaucoma e as pessoas com a pressão intraocular elevada.

Caracteristicamente, as pessoas portadoras da doença enxergam bem, tanto para longe como para perto, com óculos ou sem óculos e não apresentam dor ou qualquer desconforto ocular. E essas pessoas com o desconhecimento de sua condição e o avançar do tempo sem o adequado tratamento, começam a sofrer alterações visuais como embaçamentos, piora da qualidade visual com os óculos e/ou perda periférica do seu campo visual. Frequentemente, esses sintomas já representam uma condição avançada da doença. É importante reafirmar que a perda visual determinada pela doença seja ela, leve ou grave, é sempre de forma permanente e irreversível.

A doença glaucomatosa não tem cura! O que existe é tratamento e controle para evitar sua progressão e interromper o seu ciclo natural que é levar à cegueira.

No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) é a principal porta de entrada para a maioria da população brasileira que necessita de saúde. E nesse cenário, na qual uma consulta oftalmológica demora em média 1,5 a2 anos para se concretizar, esforços são necessários no sentido de se fomentar medidas efetivas de acesso à saúde ocular de qualidade assim como ações de educação e prevenção, pois quando se fala em Glaucoma é consenso de que o melhor “remédio” é a prevenção! Propagar informações de qualidade a respeito do tema, fazer visitas regulares ao oftalmologista, e evitar exames oftalmológicos superficiais podem minimizar os danos causados pela doença e mudar a realidade atual.

Informe-se! Cuide bem de você e dos seus olhos.

Previna-se! Consulte sempre um médico oftalmologista!

Dr. Renan Ferreira é médico oftalmologista, especialista em Retina e Vítreo (CRM MT 9034). @oftalmologistamt / Verbelo Oftalmologia: Rua Alves de Oliveiras, 1875 – Cristo Rei – Várzea Grande-MT; Telefones: (65) 99207-3884/ (65)2137-0880



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