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Opinião
Sexta - 19 de Março de 2021 às 10:42
Por: Léo Stefan

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Olhar as fotografias das cidades brasileiras no início do século 20 é um deleite nostálgico. O tempo das cartas, dos bondinhos, o transporte em carroças, os processos que tinham um tempo próprio porque só podiam ser feitos de forma manual.

De lá para cá muita coisa mudou. As cidades do século 21 tem tráfego intenso, são tecnológicas, digitais. Tudo ganhou uma velocidade exponencial, mas ainda lidamos com processos lentos e pouco eficientes que impactam na gestão pública e nos serviços oferecidos à população.

O digital mudou hábitos e o cidadão está cada vez mais acostumado a ter autonomia na realização dos seus próprios processos. Pedir transporte e comida, alugar residências temporárias, comprar viagens, hoje, é tudo feito através do celular, onde quer que a pessoa esteja e na hora que quiser.

A mesma transformação tecnológica precisa entrar com tudo nos órgãos públicos, especialmente prefeituras, porque é nos municípios que as coisas acontecem.

Já existem ecossistemas tecnológicos, infraestruturas que auxiliam os governos a serem mais transparentes. Governos digitais ganham eficiência, eliminam o risco de extravio de documentos importantes, ampliam a performance dos servidores, dão fluidez às operações diárias e melhoram a qualidade dos serviços prestados à população.

Vale ressaltar que ter computadores nos órgãos públicos não significa ser digital. Inovação implica em mudanças disruptivas que são apenas necessárias, mas obrigatórias diante do cenário em que vivemos.

Os governos mais modernos do mundo já descobriram o potencial da tecnologia e entenderam como ela pode contribuir para uma gestão mais moderna, fluida e com redução de custos.

Tecnologia, inovação nos processos e informação estratégica podem ir além e fazer com que as prefeituras aumentem a arrecadação sem onerar a sociedade. Empresas e população podem, inclusive, passar a pagar menos imposto enquanto o caixa da administração tem mais poder de investimento.

Isso é inteligência administrativa e só começa quando existe a vontade do gestor. Se a resposta à pergunta do título é SIM, podemos ter gestões mais eficientes sem penalizar a população, a pergunta que ainda fica no ar é: por que ainda não usamos tudo o que existe para transformar o momento presente? Por que são tão poucas as iniciativas encontradas nas prefeituras pelo Brasil afora?

Gestores, os impactos positivos da transformação digital abrem as portas para um futuro de inovação. A hora é agora.

Léo Stefan é CEO da L2 INOVA, empresa de inovação que vem promovendo a transformação digital nas organizações públicas e na vida das pessoas



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