Ferrogrão, Amazônia, poder político Moraes acendeu mais uma fogueira dentro da conturbada política brasileira
Na semana passada o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, acendeu mais uma fogueira dentro da conturbada política brasileira.
Ao atender em liminar ao pedido do PSOL, de não autorizar a passagem da ferrovia Ferrogrão dentro do Parque Nacional de Jamanxim, no Pará. O projeto da ferrovia prevê a redução de pequena parte de 862 hectares do parque pra passagem dos trilhos que ligarão Sinop, em Mato Grosso, ao porto fluvial de Miritituba, no Pará.
O projeto da Ferrogrão prevê, ao valor de R$ 12 bilhões, 933 quilômetros de trilhos por onde escoará a produção agrícola do Médio Norte de Mato Grosso.
Simplifica o tráfego na direção dos portos de Santos, de Paranaguá e de Vitória, além de baratear o custo dos fretes. Este é o maior gargalo da produção de grãos mato-grossenses exportados.
O impedimento do ministro do STF é um impedimento antes de mais nada político. O comportamento político do tribunal está ficando cada dia mais claro.
Alexandre de Moraes acendeu mais uma fogueira dentro da conturbada política brasileira
E se encaminha pra uma visível ruptura política no país. E econômica também. Na medida em que impede a ferrovia, põe um peso morto nas costas do agronegócio de grãos, de etanol, de carnes, de açúcar, de madeira e de fertilizantes produzidos em larga escala em Mato Grosso.
Se, de um lado, inviabiliza o agronegócio de Mato Grosso, de outro cria uma crise econômica com pesados reflexos políticos. O partido que propôs a medida é o PSOL, o mais radical da esquerda brasileira e interessadíssimo na presidência da República em 2022. Direta ou indiretamente.
O Supremo Tribunal Federal tem acolhido sistematicamente os pedidos oriundos do PSOL, preferencialmente. É uma rede de negócios políticos escondida dentro de uma conspiração perigosíssima.
Lá na ponta, além da conquista do poder nacional na eleição presidencial pela esquerda, o SFT, sabe que ao travar a Amazônia, se liga a interesses ambientais muito poderosos vindos da Europa e de uma parcela política dos Estados Unidos.
Noutra ponta, cada dia fica mais clara a existência de uma rede de interesses que aposta numa poderosa ruptura social, política e econômica no Brasil. O pano de fundo maior, mas não é o único, é a pandemia, que serve de chicote para surrar o governo e facilitar o caminho político para a esquerda em 2022.
Partidos do Centrão estão fazendo corpo mole para negociar apoio, e ao mesmo tempo apostam numa futura volta da esquerda. Por que? Por creem que a esquerda não tem escrúpulos de abrir negociações de compra e venda milionárias de apoio político dos conhecidos conservadores fisiológicos.
Entre os trilhos da Ferrogrão ameaçados pelo STF, a volta da esquerda ao governo, a colonização estrangeira na Amazônia, a limitação do agronegócio de Mato Grosso, tem mais do que vagões e trilhos. Tem política, ideologias e interesses estrangeiros sobre o Brasil. Além da Europa e dos EUA, acrescente-se a China. Voltarei ao assunto.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.
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