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Opinião
Segunda - 31 de Maio de 2021 às 06:25
Por: Marcelo Augusto Portocarrero

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Esta é uma afirmação realista.

As razões dela persistir existem desde o início de nossa história como uma mera colônia portuguesa tomada que foi a terra brasilis de seus primeiros habitantes quando foi “descoberta”.

Como assim descoberta? Uma das verdades por detrás dessa balela é que os ameríndios do norte, centro e sul do continente foram todos tomados de assalto e expulsos do paraíso em que viviam não sem antes serem espoliados, roubados e assassinados. Outra, é que os reais interesses dos que fizeram aquilo permanecem os mesmos do passado, ou seja, as riquezas naturais as quais agora adicionaram a biodiversidade da floresta amazônica e a produção de alimentos.

O sentimento latente de proprietários das terras do novo mundo permanece inalterado em conquistadores e piratas do velho mundo

Os autores daquele inquestionável genocídio querem novamente tomar posse do que restou do assalto às terras que antes pertenciam aos nativos mesmo após tê-las dominado e transformado em países subservientes ainda por muito tempo.

Lembram das palavras espoliados, roubados e assassinados, pois é, esses são os adjetivos cujos notórios resultados geram a substantiva expressão genocídio. Por sinal, a palavra preferida dos que apoiam a NOM (Nova Ordem Mundial) para com isso tentar criar ambiente propício ao objetivo político que pretendem alcançar.

O que tramam agora os que compõem a casta de bilionários que substituiu reis, rainha, senhores feudais e seus lacaios está claro como cristal aos olhos desassombrados de quem já percebeu suas estratégias para alcançar o domínio global.

Falar nisso, global é uma palavra capciosa e de duplo sentido porque sendo um adjetivo de dois gêneros está sendo usada tanto para relativizar a sobrevivência do planeta como para justificar as ações daqueles que buscam sujeitar o mundo à sua dominação econômica.

Dela deriva globalismo, processo que entende os países como espaços a serem ocupados por influência política. Uma proposta ideológica que abriga os princípios do comunismo e que utilizando desse artifício pretende mudar as relações humanas em seus aspectos econômicos, sociais, morais e de poder.

De fato, ao analisarmos os atores dessa nova investida sobre a América do Sul, principalmente a região amazônica, é possível detectar a cobiça daqueles que já destruíram quase tudo de natureza intocada que um dia tiveram, bem como estão a pouco de esgotar a fertilidade dos solos cultiváveis de seus países.

É fácil perceber que o sentimento latente de proprietários das terras do novo mundo permanece inalterado em conquistadores e piratas do velho mundo, como também é notório que já está em andamento a disputa ferrenha que envolve além de europeus outros pretensos dominadores do mundo tais como norte-americanos, russos e chineses. Disputa essa que pode tomar rumos catastróficos para nós se considerarmos que todos pretendem controlar a produção mundial de alimentos.

Para quem ainda não entendeu, basta observar o que os chineses estão fazendo com países inteiros ao colocar em prática sua estratégia expansionista de negociar empréstimos e comprar dívidas (alô Argentina!), isso quando não estão exportando viroses, vacinas e equipamentos para tratamento, tudo muito bem planejado e posto em prática.

É certo que a fome ronda o mundo tanto quanto ela pode vir a ser a mola propulsora de uma eventual contenda mundial. Só que desta vez as caravelas serão substituídas por navios de guerra e aviões supersônicos, as balas de canhão por mísseis, o ouro, a prata e as pedras preciosas por soja, milho e proteínas animais.

Só a ganância não mudou.

Marcelo Portocarrero é engenheiro



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