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Opinião
Segunda - 06 de Setembro de 2021 às 09:45
Por: Stéphano B. do Carmo

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Trago um tema neste artigo relevante, que na minha opinião impacta diretamente na vida das pessoas e na sociedade como um todo: emprego, trabalho e renda!

Mato Grosso, segundo os dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi o estado que mais gerou empregos formais no acumulado do ano. De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estado teve o sétimo maior crescimento na participação industrial no país e demostra uma década de amadurecimento e expansão. Além disso, a consultoria de análise macroeconômica MB Associados, acrescenta que Mato Grosso deve apresentar um crescimento de 4,97% no PIB do ano.

Conforme estudos divulgados em março, é o agronegócio mato - grossense que surge como principal condutor desse crescimento. Mato Grosso é o principal produtor de grãos do Brasil, e deve ser o responsável por quase 30% da safra nacional de 2021.

Somos o estado que mais cresce no país, somos o celeiro do mundo e o estado como indutor deste crescimento, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação tem a missão de preparar nossos trabalhadores para o mercado de trabalho que está em amplo crescimento.

As previsões apontam para um apagão na mão de obra no país para os próximos anos, na casa de 300 mil vagas. Setores da indústria já sofrem com ausência de programador de unidade eletrônica, especialista em telemetria, robotização e eletroeletrônica. A construção civil e o agronegócio sofrem com a ausência de profissionais qualificados, bem como azulejistas, pintores, pedreiros, eletricistas, técnico em agricultura digital, operador de drones e cientista de dados agrícolas, técnico em manutenção de máquinas pesadas, entre outras especialidades.

Enquanto o setor produtivo em geral reclama de dificuldade para preencher vagas, inclusive de nível técnico operacional, um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas aponta que o Brasil já atinge cerca de 27 milhões de pessoas que estão vivendo abaixo da linha da pobreza. Fato é que o país como um todo já bate na casa de 15 milhões de desempregados. É o desencontro entre o trabalho e quem o procura.

Esses dados nos mostram que não basta apenas criar emprego ou frente de trabalho e sim que devemos nos preocupar com a qualificação do nosso trabalhador. E esta também passa pelas universidades, mas a maioria das vagas está na formação técnica que pode ser obtida por cursos preparatórios, principalmente na formação de técnicos, que pode ser resolvido já com o ensino médio profissionalizante.

Uma das visões mais tristes deste mundo é uma pessoa que não se encaixa em lugar nenhum; ninguém o quer para trabalhar. Podemos até afirmar que o desemprego é responsável pelos maiores males da sociedade. Uma pessoa quando encontra um emprego, principalmente aquele trabalho que dá dignidade e prazer em executar, imediatamente ajusta em sua têmpora a alegria de viver, comunga junto aos seus e se harmoniza junto aos demais.

Nós, da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, através do incentivo e esforço do Governador Mauro Mendes e do Secretário Nilton Borgato, estamos preparando Mato Grosso para esse enfrentamento. Um estado agro que necessita cada vez mais se industrializar e que tem uma atividade desenvolvimentista perene.

Estamos hoje com 71 cursos técnicos, com um planejamento de oferta para as nossas escolas em 2022 de 2.740 vagas em cursos técnicos, 325 vagas em cursos de qualificação de Formação Inicial e Continuada (FIC), 150 de aperfeiçoamento, 60 vagas de especialização técnica e 5.000 vagas em cursos EAD entre técnicos e FIC, preparando os mato-grossenses para o mercado de trabalho. Não contabilizando o atendimento aos muncípios fora de sede, com os Projetos que atenderão mais de 18.000 alunos no interior do estado.

Nestes dois anos e meio da gestão do secretário Nilton Borgato, nossas ações não pararam, iniciamos um amplo projeto de infraestrutura e retomamos as obras das escolas técnicas que estavam paralisadas. O governo do estado investiu, em 2019, um valor de R$ 4.730.000,00 para as obras das escolas técnicas de Cuiabá e Cáceres, e a previsão é de serem inauguradas ainda este ano. Em 2020, investimos R$ 2.500.000,00 para escola técnica de Água Boa e R$ 1.800.000,00 para escola técnica de Primavera do Leste, obras estas que estão em pleno vapor, já com os recursos assegurados para aquisição de móveis e equipamentos para essas escolas no valor de R$ 3.270.000,00, ou seja, escolas novas com tudo novo! Estamos em tratativa com o governador e já retomamos as obras nas escolas técnicas de Matupá com aporte de recursos no valor R$2.125.000,00 e para a escolas técnicas de Sorriso e Juara um valor de R$ 10.375.000,00.

Já estamos com dinheiro na conta para executar as reformas nas Escolas Técnicas de Barra do Garças, Alta Floresta, Rondonópolis e Sinop, com investimento de R$ 4 milhões por meio do programa do governo do estado, o MT Mais Reformas. São essas ações que o estado está executando e que ampliarão nossa oferta de cursos de qualificação em curto e médio prazo.

Investir na qualificação profissional é investir no futuro dos nossos jovens! É planejar o estado de Mato Grosso para ser cada vez mais o protagonista na geração de emprego, na distribuição de renda e no crescimento econômico e social.

Por tudo isso, nós da SECITECI estamos trabalhando para sermos a luz da oportunidade de emprego para os nossos trabalhadores, por meio da qualificação profissional e do ensino técnico, oportunizando às pessoas sonharem, mas sonhar com disciplina, sonhar com possibilidades reais, sonhar para o bem da vida, para o bem dos seus e de si mesmas, sendo inseridas no mercado de trabalho.

* Stéphano B. do Carmo é Secretário Adjunto de Ciências Tecnologia e Inovação



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