PÉRSIO OLIVEIRA LANDIM
Empreendedorismo social: visão agregadora Embora existam formas de lidar com crise, fomento do setor é um dos meios eficazes
Tempos adversos da economia fazem lembrar o artigo “Empreendedorismo é para todos” (Entrepreneurship is for everybody), publicado na Fundation for Economic Education (FEE), o prisma da narrativa salienta que gerenciar uma carreira com sucesso, para realmente prosperar no mercado de trabalho, requer todos os traços normalmente atribuídos a pessoas que são "talhadas" para o empreendedorismo: paixão pela criação de valor; inovação; percepção e antecipação dos desejos e necessidades dos "clientes"; bom julgamento quanto ao que irá satisfazer esses desejos e necessidades; visão; imaginação; iniciativa; alerta para a oportunidade; a capacidade de lidar com a incerteza e o risco.
Nossa natureza é sermos atores intencionais, sermos descobridores intrépidos, “empreendedor” é derivado do equivalente francês, termo usado por Adam Smith, para assumir a vida como empreendedor é o que nos torna plenamente vivos.
À medida que economias em todo o mundo procuram conter a crise de desemprego, há duas áreas nas quais se concentrar: uma é a criação de empregos e a segunda é a qualificação e requalificação. Por um lado, as economias precisam de uma força de trabalho mais qualificada e pronta para o emprego; por outro, precisam criar oportunidades relevantes para essa população de força de trabalho empregável.
Embora existam muitas formas de lidar com a crise do desemprego, desde a construção de políticas relevantes em torno do desenvolvimento de competências até o abastecimento de fundos a vários setores, o fomento do setor do empreendedorismo social ou a construção da economia social são também um dos meios eficazes.
O vencedor do Prêmio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, acredita que o empreendedorismo social é derivado da necessidade de valorizar as habilidades de cada ser humano e da compreensão de que salvar o meio ambiente deve ser um esforço coletivo.
Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial ressaltou que tendo como missão o engajamento de todas as partes interessadas na criação de valor social e econômico, os empreendedores sociais provaram como funcionários, clientes, fornecedores, comunidades locais como o meio ambiente pode beneficiar.
Todas iniciativas capacitam, direta ou indiretamente, os talentos na visão empreendedora para que utilizem seu potencial e coloquem suas habilidades em prática e cuidem de seu próprio desenvolvimento, ao mesmo tempo em que agregam valor à sociedade em geral.
Para que as organizações e empresas prosperem, elas precisam de pessoas que não apenas possam se adaptar constantemente e navegar por essa mudança com eficácia, mas que também ajudem outras pessoas a prosperar como impulsionadores da mudança.
O empreendedorismo social, como setor, tem contribuído para a geração de empregos e o desenvolvimento de competências; e tem um longo caminho para ser o principal impulsionador da melhoria da situação em todo o país.
Enquanto alguns trabalham na criação de empregos diretos, há outros que trabalham no nível de sistemas para trazer mudanças políticas na criação de um ecossistema que possibilite a criação de empregos e meios de subsistência para todos.
Pérsio Oliveira Landim é advogado, especialista em Direito Agrário.
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