Síndrome de Burnout e o esgotamento físico e mental
Em 1970, o psicoterapeuta Freudenberger percebeu que as pessoas escolhiam suas atividades profissionais com grande idealismo, mas, ao longo dos anos, sentiam-se desmotivadas e fisicamente doentes. A isto ele deu o nome de Síndrome de Burnout, hoje também chamada de Síndrome do Fósforo Queimado. Trata-se de um desgaste lento e disfarçado, muitas das vezes manifestado no corpo como uma dor na coluna, memória fraca, insônia, dores de cabeça, cansaço físico e mental etc.
O fato é que muitas das vítimas têm dificuldades em reconhecer o quanto têm exigido de si mesmas e combatem o vazio interior com uma agenda superlotada, tomam remédios para dormir e para acordar, até que um dia as energias delas se esgotam pelo desgaste psíquico e em consequência disto, o desgaste físico. E como cuidar disto tudo?
A Síndrome de Burnout não é uma doença apenas de quem vive o desafio de um mundo executivo. Os causadores do estresse são situações que nós provavelmente não podemos influenciar. Sabemos que o estresse é necessário para a nossa sobrevivência, pois ele nos permite desenvolver um desempenho máximo nas circunstâncias mais adversas. As sensações de estresse e pressão dependem da força de resistência de cada um, já que muitas pessoas conseguem sair ilesas de situações de grande estresse.
O importante é buscar estratégias úteis que facilitam o convívio com os desafios diários: autoconhecimento, identificação dos gatilhos do estresse, alinhadas à técnicas de maior controle das emoções, atenção concentrada, reorganização da rotina pode ser aprendida no processo terapêutico. É necessária uma preocupação com seu bem-estar psíquico! Permita-se cuidar de si e ter o apoio de um profissional. O psiquiatra e o psicólogo são os profissionais de saúde indicados para identificar o problema e orientar a melhor forma do tratamento, conforme cada caso.
* Nathercia Menêses Moura Bihl é psicóloga em Cuiabá, especialista em desenvolvimento de líderes.
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