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Opinião
Segunda - 11 de Outubro de 2021 às 06:46
Por: Wilson Carlos Soares Fuáh

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Certamente em algum momento das nossas vidas, sentimos a necessidade de contestar e tentar mudar tudo e a todos, mas logo em seguida deixamos o lado do instinto e sentando no alto da razão, passamos a entender que nada podemos mudar senão a nós mesmo.

Quantas vezes às pessoas perdem tempo ao perseguir ou julgar as outras pessoas que são apenas personagens representativas da imagem de um espelho quebrado das ações negativas ou daquilo que elas não desejam fazer, mas o faz. Na verdade cada pessoa para sentir a leveza da alma, deve perseguir as suas próprias ações até conseguir pequenas evoluções, espiando o que está fazendo e escutando a sua voz interior, analisando cada dizer e respeitando os seus limites.

A falência da instituição família, a descrença pessoal e a falta de fé estão levando as pessoas sair por aí em busca palácios religiosos em busca da paz interior ou ajuda espiritual

É sempre conflitante pensar que a felicidade está em outro lugar e na insatisfação momentânea daqui que tem, pois muitos caminham e vão muito longe atrás de sonhos não acessível até entender que a felicidade não está nos lugares ou nas coisas, mas sim, dentro de nós mesmos. Muitos ao invés de espalhar sementes, ficam em buscar de solos imaginários, sobem montanhas e somam distancias, cansam e param na encruzilhada da vida para espreitar a singularidade da chama quase apagada de um ser sem rumo, esquecendo as partes mais significativas da vida que é: encontrar-se; entender-se e desfrutar o prazer de amar.

"As coisas mais importante de nossa vida não têm preço, porque são de graça: espiar a beleza da natureza, é de graça; mas fotografá-la ou pintá-la tem um preço; o poder de ver os detalhes da perfeição da natureza é de graça, mas levar e possuir com exclusividade tem um preço; tocar com espontaneidade da aceitação mútua e sem possuir não custa nada, ouvir o som disponível é grátis, mas ao exercer o poder seletivo, repetitivo e individualizando-o vem com altos custos".

A falência da instituição família, a descrença pessoal e a falta de fé estão levando as pessoas sair por aí em busca palácios religiosos em busca da paz interior ou ajuda espiritual. As tribos urbanas escravizadas pela força das ações motivadoras da sociedade consumista estão transformando hábitos em vícios e ao exercer poder de compra, investem em alegrias artificiais que para muitos pode transformar em viagem sem volta e até custar à própria vida.

O prazer é transitório, mas ao entendermos que a vida é uma soma de pequenas felicidades espalhadas nas pequenas conquistas e que são repassadas a nós através das pessoas que estão sempre ao nosso lado, nos amparando nas pequenas quedas ou comemorando a nossa existência, passando-nos aquela sensação de felicidade participativa pelas nossas vitórias, isso realmente não tem preço.

WILSON CARLOS FUÁH é economista e especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas



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