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Opinião
Quarta - 15 de Dezembro de 2021 às 09:20
Por: EUSTÁQUIO RODRIGUES FILHO

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A tradição judaico-cristã cultiva a ideia de céu e inferno, reproduzida em diversas religiões no mundo inteiro, alcançando mais de 2/3 da população mundial. Uma questão que, para alguns, parece de fácil escolha, enquanto para outros está envolta em mistérios e de difícil alcance.

Ano que vem a República dos Pirineus terá eleições e a questão se mostra um pouco diferente, porém, igualmente difícil: os dois principais candidatos representam o sofrimento de um inferno e de... um purgatório. Entretanto, como Deus é Pirinéico, ele não nos deixou sem saída, criou um plano de salvação deixando terceira, quarta e até quinta vias, ou caminhos melhores que aquele destino dantesco.

O país, felizmente, não está fadado a repousar em berço esplêndido embalado loucamente por um desequilibrado que não tem a mínima ideia do que é governar e também não possui habilidade (e nem inteligência) alguma em conduzir um país das dimensões e complexidade da República dos Pirineus.

Em que pese sua massa apoiadora, que insiste em, bovinamente, dizer que é o presidente mais honesto da história e que não o deixam governar porque ele não deixa roubar, tal mito parece ruir dia após dia, culminando, talvez, na derrota mais vergonhosa que um presidente poderá sofrer em tentativa de reeleição.

Felizmente, também, o país não está destinado a recair (um viva à pisadinha) nas mãos da mesma quadrilha populista que saqueou a república por cerca de 14 anos, escondendo dinheiro nas ditaduras (que insistem em dizer democráticas) ou até mesmo nas cuecas vermelhas estreladas.

Em que pese sua massa apoiadora, cega, fanática e idiotizada por um discurso repetitivo e contraditório, o país não merece ser governado novamente por ladrões condenados em várias instâncias do poder judiciário por crimes que, de tão óbvios, chegam a insultar uma pessoa com o mínimo de capacidade crítica.

A lógica de uma república democrática é a alternância de poder e a possibilidade de se escolher novos candidatos (que são uma incógnita se serão bons ou maus governantes), limando do poder aqueles governantes que já se sabe que são ruins e nocivos para o país.

Mas, clamemos aos cidadãos dessa imensa republiqueta que deem o benefício da dúvida a novos candidatos, em detrimento daqueles que já massacraram (e massacram) o país (seu estado, sua cidade, seu bolso, sua dignidade) e o conduziram a sérias crises políticas e, principalmente, éticas e econômicas.

Nas próximas eleições, que na República dos Pirineus são em 4 turnos e com votos via whatsapp e via SMS totalmente auditáveis, que a grande massa não caia no discurso fácil e sem vergonha e nem venda seu voto por míseros dólares pirinéicos, que, inicialmente, podem atender suas necessidades por poucos dias, mas que trarão prejuízos por longos 4 anos.

Que olhe com carinho outros candidatos, estejam à esquerda ou à direita, sejam bonitinhos ou feios, mas que não sejam ordinários ou figurinhas repetidas e apodrecidas pelo ralo comum da corrupção.

Mas igualmente como ir ao céu ou ao inferno depende de uma escolha consciente e da crença no Salvador, tirar o país das mãos do louco e do ladrão também dependerá de uma escolha racional, inteligente e, principalmente, cheia de fé.

Eustáquio Rodrigues Filho é servidor público e escritor.



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