Chegamos mesmo a 2051? Dois anos foram marcos de profundas transformações no presente e futuro
Neste último artigo do ano de 2021, gostaria de provocar algumas reflexões. Li num texto muito bom há alguns dias, que a pandemia do coronavírus provocou uma onda de transformações imensas.
Em 2020, segundo o texto, as mudanças equivaleram a 10 anos. E as de 2021, a 20 anos. Assim sendo, terminamos teoricamente em 2030 o ano de 2020.
E terminaremos em 2051 esse ano de 2021. Claro que esses dois anos foram marcos de profundas transformações no presente o no futuro próximo. Vamos ver algumas das mudanças em 2020, nesses “dez” anos vividos:
1- Paralisação da economia mundial em diversos momentos
2- Lockdown econômico e confinamento humano
Dois anos foram marcos de profundas transformações no presente e futuro
3- Convivência familiar ou pessoal entre pessoas ou consigo mesmo
4- Percepção das necessidades de consumo, da posse de bens e a descoberta da tendência do minimalismo
5- A percepção do medo coletivo de morrer por um vírus invisível
6- A impossibilidade das viagens de turismo e de negócios
7- A descoberta de ferramentas tecnológicas de reunião de negócios e de encontros familiares à distância
8- Avanços da tecnologia em serviços como os deliverys
9- A descoberta do trabalho remoto
10- O super-fortalecimento do comércio digital
11- O início da educação remota e da saúde efetivamente úteis à sociedade
12- A revisão de conceitos dos serviços públicos
13- Um forte olhar pras fragilidades humanas, entre outras grandes mudanças.
Já em 2021, as mudanças foram mais sutis, porém mais profundas. Tipo 2020 foram pra dentro das pessoas e das instituições. As de 2021 foram e serão pra fora.
1- Percepção do planeta como um ser vivo, finito e a necessidade de ser conservado e preservado dentro de um conceito chamado sustentabilidade priorizando o ser humano. Não mais a produção
2- Necessidades espirituais e de reconhecimento íntimo antes despercebidas e até desnecessárias
3- Adaptações profundas no modo de viver cotidiano a partir das transformações obrigatórias de 2020
4- A descoberta e a aceitação do conceito do essencial no lugar do mínimalismo na posse de bens e no consumo
5- Objetividade seletiva em todas as escolhas, antes aleatórias e descompromissadas
6- A falta de suprimentos e de insumos nos processos industriais mundiais
7- A visão nova de elementos básicos como energia, combustíveis, alimentos, bens de consumo
8- A visão clara da desfuncionalidade de todos os segmentos do Estado brasileiro: caro, ineficiente, corrupto e descompromissado com a sustentabilidade humana
9- A percepção da vida como um bem maior do que os acessórios externos dominados antes pelo trabalho, pelo consumo, por ideologias, por lazer desmedido
10- A percepção da necessidade de comprometimento dos cidadãos do mundo inteiro com gestão de quem os dirige. Isso se dá na forma de conflitos entre ideologias dentro da política
11- Por último, na medida em que todas essas transformações acontecerem, o mundo terá mesmo caminhado 30 anos em dois anos. Cada ano vivido de agora por diante, começando por 2022, será uma sucessão poderosa de mudanças essenciais na jornada do ser humano sobre o planeta Terra.
Creio mesmo que neste dia 1º. entraremos na era do ano de 2051.
Feliz Anos Novos pra todos nós!
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.
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