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Opinião
Sexta - 31 de Dezembro de 2021 às 09:47
Por: DEUSDÉDIT DE ALMEIDA

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A Epifania do Senhor é uma solenidade que celebra a manifestação de Jesus aos povos da terra e suas culturas. Os Magos foram interiormente iluminados pela graça Divina para se dirigirem ao berço de Jesus.

Os Pastores de Belém e os Magos fora os primeiros adoradores do Salvador. Assim, o Senhor Jesus, desde o seu nascimento, realiza o sonho do Pai: Buscar os pecadores, derrubar os muros da separação e estabelecer a concórdia entre os povos da terra. Isaias anunciou a universalidade da salvação quando disse: “Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços (Is. 60,4); E o salmo 97 que diz: “Todos os povos proclamarão a salvação que vem de Deus”.

Com o episódio da visitação dos Magos, o evangelista Mateus coloca em viva luz o alcance universal da religião cristã, em oposição ao particularismo judaico. Jesus veio para ser a salvação de todos os povos e não só do povo Hebreu. Ele chama a todos: ricos e pobres, doutos e ignorantes, homens e mulheres, hebreus e pagãos.

Dessa forma, os povos e suas culturas, são dadas como herança Àquele que é o Rei dos Reis. É por isso que hoje valorizamos, veementemente, as diferentes culturas no processo evangelizador, isto é, descobrir a semente do verbo Divino, escondida em todos os povos e culturas humanas. Afirma o concílio Vaticano II:

“A Igreja trabalha de maneira tal que tudo o que de bom se encontra no coração e na mente dos homens ou nos próprios ritos e culturas dos povos, não só não desapareça, mas seja sanado, elevado e aperfeiçoado para a glória de Deus” (Lumen gentium, n.17). Deus quer, portanto, que todos os povos e suas culturas sejam restauradas em seu Filho(cfr.1Tim 2,4).

Os Magos que chegam do Oriente, segundo uma tradição antiga, se chamavam: Gaspar, Baltazar e Belchior. Eles foram guiados por uma estrela-guia até o menino Deus. Oferecem seus tesouros, seus valores mais preciosos, como presentes ao menino Jesus: Ouro, incenso e mirra. Numa interpretação simbólica, o ouro é a realeza divina de Jesus.

Ele é o Rei dos Reis. O incenso é o reconhecimento da divindade de Jesus. Jesus é filho de Deus e salvador da humanidade inteira. A mirra, substância amarga que anuncia o sofrimento e a cruz de Jesus.

Os Magos captaram numa estrela, aquilo que as autoridades de Jerusalém, muito próximo de Belém, não conseguiram captar. Eles chegaram em Jerusalém indagando:

“Onde está o Rei dos Judeus que acaba de nascer?” Herodes e sua corte, ficaram alarmados com o questionamento dos Magos. Que todos nós saibamos captar os sinais da presença de Deus nos fatos, acontecimentos e situações da vida. Deus nos envia sinais de muitos modos e maneiras! Cada pessoa tem diante de si a estrela–guia.

Que o Rei das nações, possa, hoje, despertar nas mentes adormecidas, o espirito de adoração a Deus, como outrora despertara nos três Reis Magos. Porquanto, a busca dos Magos é, também, a busca e o anseio profundo de todo ser humano.

Assim afirmou santo Agostinho: “Senhor, fizeste-nos para Ti, e o nosso coração andará inquieto até repousar em Ti”. Finalizo, desejando a todos um feliz e abençoado ano de 2022! Vamos encher de amor, de paz, de perdão, de gentilezas e de vida, este novo ano que recebemos como dom do altíssimo!

Deusdédit de Almeida é padre da Catedral Basílica do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.



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