LICIO ANTONIO MALHEIROS
Meus pêsames II Em nossas vidas, a única certeza que temos é a morte
Em nossas vidas, a única certeza que temos é a morte; como tal, ninguém vai deixar de passar por esse momento de dor e sofrimento, isso é algo inconteste.
Mensurar a dor e sofrimento de alguém é algo inimaginável, uma vez que, cada pessoa manifesta esse sentimento de forma única e diferenciada; pois só quem já perdeu alguém querido sabe a dor e confusão emocional que é lidar com essa ausência.
Por uma questão de justiça; ao colocar e empregar os nomes das pessoas de forma trocada em uma narrativa do bem, como fiz no meu artigo passado intitulado ‘Meus Pêsames’.
No qual, me solidarizei e dividi com meu amigo Cléo Costa ‘O repórter que o povo gosta’, o passamento da sua mãe Neide Costa.
Uma grande mulher, guerreira e batalhadora, ao longo de sua vida somente se doou aos filhos: Cléo Costa e de seus irmãos, Thiago Costa e Diego costa.
No artigo anterior, troquei um nome que mudou bastante essa história de vida memorável, pois as informações a mim repassadas foram feitas via WhatsApp, eu tenho a humildade de fazer a devida correção.
Por uma questão de justiça e, pela preservação do meu nome e da minha biografia, assim o farei.
Amigo verdadeiro não é aquele que está ao seu lado apenas nos momentos de alegria e felicidade, e sim, aquele que consegue mensurar e dividir a dor e sofrimento do outro, mesmo que seja, através de simples palavras com as quais irei declinar em nome da sua querida mãe, dona Neide Costa, que nos deixou recentemente de forma prematura, vítima de Aneurisma, seguido de complicações que a levou à morte.
Neide Costa natural do Paraná, nascida em 13 de dezembro de 1962, de origem humilde, filha do senhor Joaquim Horácio Costa e sua mãe Anita Conceição Costa, eles eram donos de uma pequena propriedade rural, na qual moravam e trabalhavam o dia todo, os afazeres da roça, tirou-lhe a oportunidade de estudar.
Em função das dificuldades financeiras, precisaram vender essa pequena propriedade rural e vieram tentar a sorte em Mato Grosso.
Aqui chegando passaram a enfrentar outro problema pertinente à cidade grande, ausência de emprego por falta de qualificação educacional da mesma.
Aí, ela e a sua irmã Divina Costa que também para cá veio, se viram obrigadas a trabalhar em casas de famílias, para levar uma vida digna.
No ano de 1982, ela achou ter encontrado seu grande amor, no ano seguinte teve a sua maior felicidade, pois muito jovem com apenas 18 anos deu à luz ao seu primogênito, Cléo Costa, em 1983; em 1984, nasceu o seu segundo filho, Tiago Costa.
Com o passar dos anos, ela sofre uma outra baixa na família, desta feita graças a Deus não foi mote, e sim, o abandono do seu marido à família, a situação passou a ficar mais complicada para vida dessa mulher: honesta, honrada, trabalhadora e guerreira, que, desse momento em diante passou a exercer, papel de pai e mãe simultaneamente.
Existe uma máxima em nossas vidas, que diz “Aquilo que está ruim não pode piorar”, ledo engando, diante da adversidade financeira e sentimental, dona Neide depara com um novo problema, adoeceram simultaneamente os filhos Cléo Costa e o seu irmão Tiago Costa.
Aí entra em cena, o destemor e coragem da dona Neide, para encarar mais esse problema em sua vida. Movida pela fé em Deus, foi a luta para salvar a vida dos seus filhos queridos, em função disso; sua saúde também complicou chegando a pesar 30 Kg em função da preocupação com os seus rebentos.
O Cléo Costa e o seu irmão estavam internados, na Santa Casa de Misericórdia.
Eis que a dona Neide recebe dos médicos, a notícia que nenhuma mãe gostaria de receber, os mesmos desenganaram o seu filho Cléo Costa, que tinha infecção no estômago, diante dessa triste notícia ela diz para os médicos “Meu filho foi desenganado por vocês mas não por Deus, vou tirá-lo daqui”, assim o fez, assinou um termo de compromisso com o hospital e o tirou.
Dessa atitude corajosa de mãe, o Cléo Costa relata “Deus operou um grande milagre em minha vida, com 3 anos de idade ressuscitei, e fiquei por mais alguns anos em recuperação espiritual, ao ser levado para casa, esta notícia acabou virando capa de um jornal, com os seguintes dizeres “Milagre de Deus, a fé da dona Neide Costa salvou seu filho”.
Os anos se passaram, com muita luta e determinação para educar e criar os dois filhos sozinha; com muito amor e carinho.
Após 7 longos anos de solidão, ela encontra uma outra pessoa com quem se relaciona e passa a viver junto, com ele, nasce o seu terceiro filho, Diego Costa.
O meu amigo Cléo fez questão de frisar esse episódio, que acabou se tornando algo importantíssimo em sua vida, assim sendo, ele quis dividir um pouquinho da história da sua mãe guerreira Neide Costa (in memoriam), com todos.
“O cair é do homem, o levantar é de Deus”
Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
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