A transformação do político em um administrador A verdadeira transição de poder é realizada durante o mês de janeiro
A verdadeira transição de poder é realizada durante o mês de janeiro após a posse, pois o Gestor Eleito passará a ter o poder sobre todas as ações do seu governo, e conhecerá a realidade das contas e do contratos a sua disposição.
A partir desse momento deve promover a auditoria baseada em dados reais e ações que fazem parte da boa administração, ou seja, ter a consciência do que está recebendo, e depois é “colocar a mão na massa” e começar uma nova gestão, deixando para as instituições de controle (TCU e MPF) fazer as investigações e promover todo tipo de auditoria sobre a gestão passada, por que: “o tempo do povo urge e o tempo da nova gestão passa rapidamente”.
Os itens do Plano de Campanha são compostos em projetos realizáveis em curto, médio e longo prazo, e alguns impossíveis de ser realizado, e diante da realidade da conjuntura e do pensamento do candidato eleito, é uma coisa bem diferente e assim nasce o verdadeiro Administrador Governamental, pois agora terá que alterar a sua verdade sonhadora, e começara a entender que o mandato não é um prêmio, mas uma dura missão, e terá a consciência que foi o escolhido para dar ao povo, o retorno da satisfação coletiva, e esta, não é só para aqueles que o elegeu, mas ainda terá pelo menos ¼ da população que o olhará com certo ranço, e destes virão as duras críticas e para alterar a realidade e tê-los, e fazê-los a acreditar em novos momentos da nova administração pública, terá descer do palanque e trabalhar muito, e acima de tudo, realizar o que for possível; desenvolver a criatividade; nomear os melhores assessores e buscar receitas para financiar o possível e o impossível.
O Executivo Eleito terá muitos momentos onde deverá decidir sempre para os outros do que para si mesmo, e por isso, deve ter o entendimento que muitas vezes o que é certo para si, pode não ser certo para os outros. Ninguém é o dono absoluto da verdade e não terá toda a razão o tempo todo, pois, se não existisse a dúvida, não existiria a incerteza, que, de uma maneira ou de outra, fará surgir à razão momentânea e que diante da imprensa a realidade envelhece a cada 24 horas.
Entre os frios números da receita e o número crescente da despesa, é que o Executivo Eleito conhecerá as suas verdadeiras forças reais de decisões, pois é nesse momento que o administrador começa a andar sobre o terreno infértil, fazendo agir em conformidade com a realidade, pois terá que estar preparado para travar uma batalha justa em prol do bem comum, mas se agir como “político bonzinho”, estará transgredindo a realidade e diante de um simples vacilar, pode até perder o jogo da razão e gerando descrenças.
Se adiar as duras decisões ou acovardar, poderá avolumar os problemas, pois em todo momento, será cobrado por algo que será inevitável, mas por ser inevitável, nada pior que adiar, porque problemas não resolvidos será avolumado com o passar do tempo. O pior sofrimento, além do sofrimento espiritual, é o sofrimento moral, pois esses sentimentos podem ser até capaz de paralisar os passos certeiros em sua caminhada diária, pois a dúvida é a pior certeza de quem não se arrisca.
Os homens prudentes e responsáveis sabem tirar proveitos de todas as suas ações, mas a transformação do Político em um Administrador Público, é processada diante das rotinas que são constituídas de decisões obrigatórias e necessárias, e agindo assim, com certeza colherá os frutos das realizações coletivas e que trarão benefícios para todos, deixando os ecos dos falatórios somente na saudade das campanhas eleitorais.
Wilson Carlos Soares Fuáh é especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas.
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