Repórter News - reporternews.com.br
Opinião
Sexta - 04 de Março de 2022 às 06:55
Por: Rafael Sodré de Aragão

    Imprimir


Há um pouco mais de 16 anos venho atuando na área de cirurgia e oncologia e uma percepção que tem me chamado cada vez mais a atenção é o diagnóstico de câncer em pacientes cada vez mais jovens.

Existe muita discussão em relação a esse tema. Apesar da idade ser o maior fator de risco para neoplasias, outros fatores influenciam na dinâmica da chamada carcinogênese (origem do câncer). Dentre estes destacam-se a exposição a substâncias que levam ao dano celular como por exemplo cigarro, radicais livres, álcool entre outros. O componente genético intrínseco que regula o equilíbrio entre células saudáveis e doentes e até mesmo infecções como pelo vírus do HPV que podem levar a cânceres do intestino, garganta e colo de útero.

Os sinais de alerta que sugerem que algo não está bem incluem sangramentos nas fezes, dor abdominal e perda de peso

O avanço tecnológico, médico e sanitário tem proporcionado um acesso mais fácil e rápido aos meios diagnósticos. Ou seja, fazemos, hoje, diagnósticos mais precoces o que pode levar a sensação de aumento de tumores em pacientes jovens.

No mês de março chamamos a atenção para um tipo de tumor que vem sendo diagnosticado cada vez mais em pacientes não idosos.

O câncer colorretal é o segundo câncer mais prevalente entre homens e mulheres, sendo esperados mais de 20 mil mortes no ano de 2022.

Fazer atividade física, evitar alimentos processados e diminuição do peso ajudam a diminuir o risco da doença.

Os sinais de alerta que sugerem que algo não está bem incluem sangramentos nas fezes, dor abdominal e perda de peso.

O diagnóstico requer uma biópsia que pode ser feita através de exames como colonoscopia ou retossigmoidoscopia. O tratamento do câncer colorretal é eminentemente operatório podendo ser precedido de quimioterapia ou radioterapia a depender da situação.

Fazer o diagnóstico precoce é de suma importância pois além de aumentar as chances de cura diminui danos colaterais inerentes ao tratamento.

RAFAEL SODRÉ DE ARAGÃO é cirurgião oncológico do Hospital de Câncer de Mato Grosso.



Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/artigo/4381/visualizar/