Março azul O câncer colorretal é o segundo câncer mais prevalente entre homens e mulheres
Há um pouco mais de 16 anos venho atuando na área de cirurgia e oncologia e uma percepção que tem me chamado cada vez mais a atenção é o diagnóstico de câncer em pacientes cada vez mais jovens.
Existe muita discussão em relação a esse tema. Apesar da idade ser o maior fator de risco para neoplasias, outros fatores influenciam na dinâmica da chamada carcinogênese (origem do câncer). Dentre estes destacam-se a exposição a substâncias que levam ao dano celular como por exemplo cigarro, radicais livres, álcool entre outros. O componente genético intrínseco que regula o equilíbrio entre células saudáveis e doentes e até mesmo infecções como pelo vírus do HPV que podem levar a cânceres do intestino, garganta e colo de útero.
Os sinais de alerta que sugerem que algo não está bem incluem sangramentos nas fezes, dor abdominal e perda de peso
O avanço tecnológico, médico e sanitário tem proporcionado um acesso mais fácil e rápido aos meios diagnósticos. Ou seja, fazemos, hoje, diagnósticos mais precoces o que pode levar a sensação de aumento de tumores em pacientes jovens.
No mês de março chamamos a atenção para um tipo de tumor que vem sendo diagnosticado cada vez mais em pacientes não idosos.
O câncer colorretal é o segundo câncer mais prevalente entre homens e mulheres, sendo esperados mais de 20 mil mortes no ano de 2022.
Fazer atividade física, evitar alimentos processados e diminuição do peso ajudam a diminuir o risco da doença.
Os sinais de alerta que sugerem que algo não está bem incluem sangramentos nas fezes, dor abdominal e perda de peso.
O diagnóstico requer uma biópsia que pode ser feita através de exames como colonoscopia ou retossigmoidoscopia. O tratamento do câncer colorretal é eminentemente operatório podendo ser precedido de quimioterapia ou radioterapia a depender da situação.
Fazer o diagnóstico precoce é de suma importância pois além de aumentar as chances de cura diminui danos colaterais inerentes ao tratamento.
RAFAEL SODRÉ DE ARAGÃO é cirurgião oncológico do Hospital de Câncer de Mato Grosso.
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