Na noite em que foi traído Delação é traição. Apoiar poderosos que praticam a necropolítica é traição
Você já foi traido? Você já traiu? Como foi? Expressão forte: trair. Ninguém quer ser traído. Ninguém quer ser acusado de traidor. Apesar disso, a traição está aí, visível e audível.
A sociedade e o estado brasileiro tem na traição um de seus “modus operandi”. Delação premiada é traição. Apoiar poderes e poderosos que praticam a necropolítica é traição.
Segundos dicionários, traição é substantivo que significa “quebra da fidelidade prometida e empenhada por meio de ato deslealdade, desrespeito, maldoso, quebra de confiança. Ato insensível, indiferente que prejudica alguém ou outras pessoas.
Em relação à cidadania, triação é termo jurídico, sendo crime cometido pelo cidadão que, traiçoeiramente, pratica ato que atenta contra a segurança da sociedade, do país ou a estabilidade de suas instituições que zelam pela justiça e paz. Roubar bens públicos, corromper e se apropria de bem público é traição.
Ela faz parte da liturgia muito significativa de cultos, na história do cristianismo. No rito da Santa Ceia está inclusa a expressão: “Jesus, na noite em que foi traído, pegou o pão ...”.
Delação é traição. Apoiar poderosos que praticam a necropolítica é traição
Os textos bíblicos referentes à semana santa menciona a traição como “modus operandus” de amigos de Jesus. O apóstulo Judas fez delação premiada e traiu o amigo Jesus Cristo.
Tem diálogos entre Jesus, apóstolos e o povo sobre traição. Assim como Judas, também outros traíram Jesus. Ele foi preso, torturado, humilhado e morto sozinho, completamente abandonado.
Somente uma pessoa, “malfeitor que teme Deus”, que cruficidado com ele se senbilizou por Jesus ser inocente. Também a esposa de piIatos que enviou mensagem dizendo ao marido: “não se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, muito sofri por caso deste homem” (Mt 27.19).
Pessoas que no domingo de ramos o acolheram pelo caminho de Jerusaém estava por perto, observando. Quem eram estas pessoas: humildes, com ramos colhidas pelo caminho, outras colocavam suas vestes, sujas, rasgadas, velhas. Mas nenhuma das pessoas do sinédrio, do templo, do palácio e seus cupinhas o apoiaram. Estas, com seus serviçais, estava gritando: crucifica-o, crucifica-o, crucifica-o.
Jesus não usou armas, não forçou violência, não organizou grupos de CACs. Desarmou inclusive os seus. Seu reino é de liberdade, justiça, paz, de vida abundante (João 10.10). Foi morto, mas foi ressucitado. E está vivo pelos séculos do séculos, graças ao Deus da vida. Segundo a blíbia, seu governo é de justiça, amor, misericórdia, bondade.
Ele não apoia violência, armar o povo, fazer guerra. Apesar disso, há ministros religiosos que apoiam violência e morte. Usam o nome de Deus para isso.
Anátema. Estão traindo Jesus Cristo
Teobado Witter é pastor em Cuiabá.
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