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Opinião
Quinta - 12 de Maio de 2022 às 06:58
Por: Alfredo da Mota Menezes

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A aproximação do Mauro Mendes e Bolsonaro foi o assunto mais comentado do momento politico. Uma tacada interessante. Com isso some a imaginada candidatura exclusivamente bolsonarista no estado. Se imaginava que isso ocorreria e que esse suposto candidato seria adversário do governador.

Aquela visita do Mauro ao Waldemar Costa Neto do PL já mostrava o caminho dessa aproximação.

Até agora não se tem nome para a disputa ao governo, além do Mauro Mendes. Não é comum isso. Por essa altura sempre existem candidatos. Até agora nada. Não existe WO numa eleição desta.

Vão aparecer quando os nomes para esse enfrentamento?

Outra pergunta é saber quem seriam os candidatos na majoritária para dar palanque à candidatura Lula no estado. A esquerda lançaria quem para governador e senador?

Nomes falados até agora para o Senado são do Wellington Fagundes pelo PL, Neri Geller pelo PP, Antonio Galvan pelo PTB e mais recentemente Natacha Slhessarenko pelo PSB. Nos últimos dias apareceram zumbidos de que Max Russi, presidente do PSB no estado, tenderia a apoiar Neri Geller.

A aproximação do Mauro Mendes e Bolsonaro foi o assunto mais comentado do momento politico. Uma tacada interessante

Natasha, sentido algo no ar, visitou Geraldo Alkmin na busca de apoio nacional ao seu projeto. Publicou também uma nota em que confirma sua candidatura.

Nos bastidores da política se argui ainda que, se ocorrer a eleição da candidata do PSB ao Senado, em pouco tempo, como apoio nacional, ela assumiria a liderança do PSB no estado ou até mesmo o controle do partido.

A maior disputa eleitoral no estado neste ano será nas proporcionais. Os partidos precisam eleger deputados federais. Com mais eleitos é que os partidos têm mais recursos dos fundos eleitoral e partidário. O dinheiro do fundo eleitoral neste ano irá mais para as candidaturas a deputado federal.

Será acirrada também a disputa para deputado estadual. Tem partido em que a disputa vai deixar feridos pelo caminho. É o caso do União Brasil. Hoje este partido tem quatro deputados estaduais: Botelho, Dilmar dal Bosco, Sebastiao Rezende e Xuxu Dal Molin. Todos vão à reeleição.

Três outros nomes do partido aparecem também fortes nessa disputa. Júlio Campos, Baiano Filho e Gilberto Figueiredo. Júlio já foi até governador. Gilberto Figueiredo foi secretário de saúde do governo Mauro. Tem ligações politicas antigas com o governador. Baiano Filho já foi deputado estadual. Sete nomes fortes para três ou quatro vagas. Vai ficar gente pelo caminho.

Haveria este ano uma disputa mais acentuada por região para eleger deputados estaduais? Que, digamos, a Baixada Cuiabana apoiará os candidatos com base na região e o mesmo aconteceria com aqueles de lugares do agronegócio? Ou nada disso ocorreria?

Aliás, nunca houve esse tipo de divisão em eleições passadas. Não se acredita que haja também nessa. É todo mundo buscando voto em todos os lugares.

Nesta eleição apareceriam mais propostas concretas e factíveis levadas pelos candidatos? Que, se eleitos, colocariam este ou aquele plano como meta de sua atuação politica. Ou será do tapinha nas costas, de promessas nunca cumpridas? A segunda opção tem sido a regra.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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