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Opinião
Sexta - 08 de Julho de 2022 às 11:18
Por: Débora Pacheco Quida

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Quando analisamos o campo da política uma questão que poucos conseguem entender é a legenda eleitoral nas eleições proporcionais para os cargos de: deputados e vereadores.

Matemática não é o forte de muitos não é mesmo? Mas de uma forma bem simplificada, serão eleitos para preencher as vagas de acordo com a votação recebida por cada partido ou coligação. Significa que seu voto mesmo que seja escolhendo uma determinada pessoa que você gostaria que ganhasse, será somado a uma legenda e, nessa legenda, será eleito aquele que receber o maior número de votos, mas que consiga alcançar o chamado “QUOCIENTE ELEITORAL E PARTIDÁRIO”, aí que entra a matemática na política.

As vagas de deputados, sejam estaduais ou federais e até as vagas de vereadores, somente são concretizadas após a aplicação das fórmulas que regem o sistema proporcional de eleições, no qual o cálculo se inicia com a obtenção do número total de votos válidos que é dividido pelo número de vagas da disputa isso é o Quociente Eleitoral.

Esse sistema que parece tão complicado estimula e muito uma competição partidária, pois os votos de um candidato podem eleger outros.

E também a candidatura de diversos nomes em uma determinada região pode não permitir a eleição de nenhum por não conseguir alcançar o Quociente Eleitoral.

Esse mecanismo cria as famosas “negociatas” políticas, onde políticos locais manifestam seu apoio a candidatos de outras regiões para “atrapalhar” o crescimento de outro político, não visando a comunidade, mas visando seus próprios interesses ou propositadamente prejudicar alguém com expressividade local.

E geram também as chamadas múltiplas candidaturas, incentivadas por quem já está no poder para tentar impedir que outro possa ocupar a sua vaga, então chegam “incentivos” para que vários nomes saiam a disputa, e desses nenhum se eleja, manipulando a política para seu estado de inércia. Uma coisa é certa, no dia que o povo descobrir o tamanho do poder que a sua união tem, nem se cogitaria tantas divisões.

No dia em que o povo entender que politica não é algo para benefício próprio e sim coletivo as práticas individuais seriam completamente vedadas e o bem comum e a sociedade que se beneficiariam.

Que a sabedoria seja a regra nas próximas eleições e deixemos de lado interesses individuais, afinal a pandemia nos provou que temos que pensar mais como sociedade.

Débora Pacheco Quida é advogada em Mato Grosso.



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