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Opinião
Terça - 23 de Agosto de 2011 às 08:28
Por: Felipe Aquino

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 Igreja sempre acreditou nos jovens. Muitos de seus santos e mártires foram jovens que viveram profundamente o amor a Deus e a Igreja nos fundamentos dos Evangelhos. O jovem beato Frederico Ozanam, ainda estudante da Sorbonne, fundou a Sociedade de São Vivente de Paulo. São Domingos Sávio foi santo aos 14 anos de idade e Santa Maria Goretti foi mártir aos 12 anos.

Paul Claudel disse que “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Ela ama o desafio, não se contenta com uma vida medíocre, quer algo mais. E a Igreja tem esse algo mais para lhe oferecer: Jesus Cristo, o céu, o infinito de Deus. O jovem sabe que seguir o Cristo é um caminho árduo, mas que nunca decepciona.

Quando se apresenta ao jovem um belo ideal ele o abraça com coragem. A Igreja sabe disso, por isso acredita nos jovens e os busca para levá-los a Deus e transformar a sociedade. Assim, o grande beato João Paulo II colocava suas esperanças nos jovens. Aqui no Brasil, em sua primeira viagem, em 1980, ele disse em Belo Horizonte para a juventude: “Vocês são o belo horizonte desse país”; e em outra oportunidade disse-lhes: “Vocês são o futuro do mundo, vocês são a esperança da Igreja, e a minha esperança”.

Mais uma vez, o papa – agora Bento XVI - se encontrou com uma multidão de jovens de todo o planeta em Madri, nesta Espanha hoje marcada por um forte laicismo. Com a sabedoria e a bondade de sempre, o Vigário de Cristo na Terra alentou os seus filhos mais jovens, não só os de Espanha, mas de todo o mundo, a viver segundo o Evangelho. Ele vem para “apascentar as ovelhas do Senhor”, como Cristo lhe pediu.

A Jornada Mundial da Juventude nunca é uma simples experiência de massa, sempre há algo novo, diverso e belo. O Espírito Santo não se contradiz e não se repete, é sempre novo. De forma nova, Ele fez os jovens refletirem sobre suas vidas e as grandes escolhas que devem fazer. Sem dúvida, o foco foi a pessoa viva de Jesus Cristo e a de sua presença através dos Sacramentos. Estar com Ele como um grande amigo e com Ele contribuir na transformação do mundo.

Sabemos agora que a próxima JMJ será no Rio de Janeiro, em 2013. O grande Pastor das almas virá se Deus quiser “confirmar nossos jovens” na fé do Cristo e da Igreja, certamente repetindo o que João Paulo II já lhes tinha pedido: não construir as suas vidas em cima de outro alicerce que não seja Jesus Cristo, para não desperdiçá-las.

A Jornada no Brasil será um marco para a evangelização da juventude brasileira, que necessita urgentemente dessa voz divina que a alente contra tantos maus exemplos e descaminhos que lhe são hoje apresentados: corrupção institucionalizada, drogas, sexo vazio, violência, desrespeito à vida desde a concepção até a morte natural, pornografia desenfreada, individualismo e um consumismo doentio que não sacia sua sede de felicidade. Nossa juventude está enfastiada de tantos enganos de falsos pastores; quer ouvir a voz de Deus.

Se nosso Brasil jovem está na meta da Igreja é porque se concentra aqui uma grande esperança para ela e para o mundo. Milhares de jovens brasileiros hoje partem como missionários pelo mundo anunciando Jesus Cristo. Renova-se aqui a esperança da Igreja; o papa sabe disso, por isso tem o desejo de vir confirmar seus irmãos menores na fé inabalável do Cristo Redentor, que estende seus braços sobre o Rio de Janeiro e sobre o Brasil. Temos certeza de que o próprio Cristo falará aos jovens do Brasil e do mundo que aqui se reunirem, pela boca de seu Vigário na Terra. Seja bem-vindo Bento de Deus.

Felipe Aquino é professor de física, autor de mais de 60 livros, e apresenta dois, programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias” (www.cancaonova.com)



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