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O advogado contemporâneo Para ser advogado é preciso ter vocação, amar o direito
Para ser advogado é preciso ter vocação, amar o direito, lutar pela Justiça e defender a democracia.
No dia 11 de agosto, celebra-se o Dia do Advogado, profissional essencial à Justiça e indispensável ao bom funcionamento do Poder Judiciário. A relevância é afirmada pela própria Constituição Federal, cujo artigo 133 proclama que: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
A data celebra a implantação da Faculdade de Direito de São Paulo em 1828. O primeiro curso de Direito no país foi implantado pelo imperador Dom Pedro I. Desde então, se popularizou. Conforme o Censo da Educação Superior 2020, havia quase 760 mil matriculadas no curso de Direito em 2019, em 1.240 faculdades de Ciências Jurídicas no país.
Tais dados revelam que o Brasil é um dos países com mais faculdades de Direito no mundo. Se não houvesse o exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o país teria atingido quase 3 milhões de advogados formados. Atualmente há 1,2 milhão de advogados inscritos na Ordem. Em Mato Grosso são 22.350.
Diante desse número, constata-se que, no pós pandemia, se deu um grande crescimento no número de processos. Aliado a isso, nota-se que a tecnologia implantada pelos tribunais, a partir da virtualização dos processos e dos atos processuais, tem mudado o perfil da advocacia. Hoje, não há mais como ser um mero peticionador. Há que ser um profissional futurista, versado em Tecnologia Digital.
Qual é o perfil exigido desse novo profissional? Primeiro, é fundamental estar antenado nas mudanças do setor. O home office veio para ficar e as audiências virtuais também. O advogado precisa estar conectado e em sintonia com as recentes ferramentas de tecnologia, desenvolvendo habilidades no uso de aplicativos e adotando conduta e mentalidade 4.0. Só assim poderá fazer a diferença no competitivo mundo digital da nova advocacia.
Outra característica é ter competências que fogem da seara jurídica e adentram no campo da inteligência emocional, criatividade, inovação, negociação, gestão, empatia, trabalho em equipe, dentre outras. Entender que os conflitos nem sempre vão demandar soluções via processo judicial. Muitas vezes, a mediação, a conciliação vão trazer resultados mais sintonizados com a celeridade reclamada pelos clientes. E o uso intensivo da tecnologia dará agilidade a essas soluções, permitindo intervenções remotas e imediatas que abreviam o tempo de resposta de procedimentos que antes exigiam muito tempo.
Com um mundo mais tecnológico, versátil e de mudanças velozes, o Direito não ficou para trás. As áreas de especialização deixaram há muito tempo de se limitar às searas criminal e cível, trabalhista e previdenciária. Agora, há novas possibilidades como Direito Digital, Startups, Compliance, Proteção de Dados, Agronegócio, Direito Internacional, dentre outros segmentos que vão surgindo a cada momento, nesse tempo que viaja há muito gigabytes.
Estar atento, conectado, atualizado e em constante formação é essencial para se garantir e se destacar na advocacia desses novos tempos.
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