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Opinião
Segunda - 29 de Agosto de 2022 às 10:06
Por: MARCELO PORTOCARRERO

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Sábado foi dia 26 de agosto de 2022, quarenta e quatro anos se passaram desde que o DIICC – Distrito Integrado, Industrial e Comercial de Cuiabá foi implantado pelo governador Garcia Neto em um de seus últimos atos no cargo que tão bem exerceu nos quatro anos de seu mandato.

Aquele evento ocorrido em agosto de 1978 marcou definitivamente o início do processo de desenvolvimento do Estado de Mato Grosso através da concretização das metas do II PND – Plano Nacional de Desenvolvimento do Governo Federal, lançado em 1974 e que tinha como um de seus principais objetivos enfrentar a crise internacional que havia levado o país à recessão.

Aquele segundo plano, que definiu investimentos em vários setores da economia, era composto de ações que continham um novo modelo de desenvolvimento mediante a combinação de ações do estado, da iniciativa privada e do capital externo, no entanto, teve sua execução comprometida pela continuidade da contração econômica internacional.

Apesar das dificuldades causadas pela crise mundial, a implantação da malha rodoviária federal e dos distritos industriais como o de Cuiabá teve continuidade e interiorizou o desenvolvimento do país sendo, com isso, capaz de dotar o Brasil das cadeias produtivas que até hoje são, em grande parte, responsáveis pelo sucesso na ocupação do centro-oeste e, consequentemente, na produção das commodities agrícolas que hoje em dia tanto colaboram para o sucesso de nossa balança comercial, em que pese ser sua maior parte composta de matérias-primas usadas na produção de outras mercadorias, relegando Mato Grosso a um persistente baixo grau de industrialização.

Garcia Neto levou todas as suas missões como político e cidadão ao pé da letra. É importante lembrar que o ilustre engenheiro civil, sergipano de nascimento, exerceu cargos públicos em seu estado natal e em Mato Grosso, seu estado por opção, onde foi prefeito da capital, vice-governador, deputado federal e governador, portanto, mais do que justa a homenagem de dar seu nome ao Distrito Industrial de Cuiabá.

A razão pela qual escrevo este artigo se deve ao fato de ter tido a honra de estar presente naquele longínquo agosto de 1978, ainda como estagiário de engenharia civil, época em que o Programa de Industrialização estadual era tocado pela SIC/MT – Secretaria de Indústria e Comércio de Mato Grosso e tinha como Coordenador de seu Departamento Operacional, o engenheiro Ivo Cuiabano Scaff e Chefe de Setor o engenheiro José Epaminondas Matos Conceição, pessoas que levaram adiante a missão de elaborar os projetos de oito distritos industriais localizados nos principais polos de desenvolvimento do ainda integro Estado de Mato Grosso, nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças e Cáceres, mais os quatro que hoje se encontram no atual Estado de Mato Grosso do Sul, quais sejam, Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas.

Foi uma honra também poder estar presente na cerimonia de descerramento da placa alusiva à fundação do, agora denominado, Distrito Industrial Governador Garcia Neto e poder comemorar com os amigos que lá estão, seus 44 anos de existência.

Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil



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