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Opinião
Sexta - 09 de Setembro de 2022 às 11:58
Por: Wilson Carlos Soares Fuáh

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O mundo político é muito transitório, as verdades se envelhecem em cada amanhecer e as mentira nascem como erva daninhas e perpetua de acordo as infinitas explicações que chegam ao povo através das “coletivas”.

Será que os trabalhadores tem tempo suficiente para acompanhar e entendem o que se passa na cabeça dos políticos e nas entranhas dos partidos?

E os ditos formadores de opinião, por necessidade de produzir um artigo diariamente, viram meros palpiteiros travestidos de “cientistas políticos” tentando explicar essa complicadíssima seara do mundo político dominado por interesses pessoais, onde as ações de cunho político/social ficam esquecidas nos falatórios dos políticos.

O povo, deste momento chamados de Eleitores, terá a grande missão de eleger aquele que terá as “chaves dos cofres públicos” e o poder da caneta

Mas, e o povo?

O povo, deste momento chamados de Eleitores, terá a grande missão de eleger aquele que terá as “chaves dos cofres públicos” e o poder da caneta, mas será que eles sabem, que na verdade, o mundo político é formado de acordos onde envolvem milhões de recursos públicos, antes e depois, submetidos a acordo de interesses de seguimentos poderosos e de grupos endinheirados, e ao fim das eleições aquele famoso adágio, que sai dos discursos dos políticos, onde diz: que o governo existe para o cidadão, será?

O grande espetáculo político é fantástico, explodem vaidades e as emoções dos debates são palpitantes e recheados de ataques pessoais, fatos e fotos da história da vida pessoal do candidato, até então escondidos, e agora são divulgados em forma de vídeos e fotos antigas, mais comprometedoras do que nunca, e são documentos que pode virar escândalos de campanhas, e que pode promover estragos e que são facilmente verificados das pesquisas, e que interfere no resultado final das eleições.

Durante a campanha tudo é muito imediato, o “Núcleo Duro dos Coordenadores” tem que ser muito ágio, e as decisões tem que ser todas implantadas de imediato, porque em política não existe lógica eterna, e sim, o princípio de pragmatismo, e o que importa é a coerência rumo a vitória. Antigamente diziam em Cuiabá que “água e óleo”, não se misturavam, mas hoje, visando acomodar os interesses individuais, e em nome de vencer a qualquer custo, é necessário juntar todos num “balaio de gatos”, onde muitos que estão no epicentro do furacão, ficam escondidinho jogando as pedras e escondendo as mãos, e panorama político é cheio de incoerência e recheado de artistas e mágicos que produzem até o impossível para ganhar as eleições.

As eleições produzem um universo de dados, e depois do pleito, os especialistas ficarão tentando entender e explicar:

1 - porque existem tantas pessoas não querendo votar;

2 - porque existem tantas anulações de votos;

3 – porque os eleitores optam pelos votos em brancos.

Mas, digo eu: esse desinteresse forma a grande massa de eleitores que protestam no silêncio da urna, é uma forma de demonstrar sua repugnância eleitoral, o que faz parte também da democracia, pois é o direito de manifestação, e ao final da festa democrática, vence a vontade da maioria, mas nem sempre será composta dos melhores escolhedores.

Mas, infelizmente o quadro político e as relações políticas estão cada vez se autodestruindo pelos atos não republicanos, por isso, a escolha dos eleitores passa a ser exercida pela exclusão e não pela escolha do melhor candidato, a fabrica de grandes lideranças e administradores estadistas fechou as portas, e por falta as escolhas, esta são feitas por exclusões, é o famoso “eu escolhi o menos ruim”.

Wilson Carlos Soares Fuáh é economista



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