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Opinião
Quinta - 20 de Outubro de 2022 às 16:26
Por: LICIO ANTONIO MALHEIROS

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O domingo foi marcado pelo primeiro debate do 2º turno. Disputam o Palácio do Planalto, os senhores: Jair Messias Bolsonaro (PL) e o senhor Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a organização do debate, ficou por conta da TV Bandeirantes, Folha de São Paulo, Portal UOL e TV Cultura.

Nesse primeiro debate ficou nítida a postura e comportamento, de cada candidato.

O primeiro bloco foi um tanto quanto morno, porém com uma ligeira vantagem para o Lula, em função das discussões ficarem mais focadas nas questões envolvendo o Coronavírus (Covid-19).

O mundo começou a vacinar no dia 8 de dezembro; por questões burocráticas a vacinação no Brasil iniciou em 17 de janeiro.

Esse tema ganhou enfoque exacerbado, com ataques e acusações algumas procedentes, outras totalmente infundadas.

No segundo bloco, os presidenciáveis responderam a perguntas de jornalistas sobre temas como independências de poderes, Fake News e posicionamento a respeito de eventuais mudanças na composição do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esse bloco foi totalmente favorável ao presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), momento em que o tema foi corrupção, trabalhos prestados, desenvoltura à frente do Governo Federal.

Vale ressaltar que o (PT) ficou à frente do Governo Federal por 16 anos, nesse período, pouco ou quase nada fez em prol dos menos favorecidos pela sorte os expropriados do capital; estes ficaram durante esse período, subjugados à Política do Pão e Circo.

No debate veio à tona a questão das obras estruturantes dos Governos, entre as quais, a transposição do Rio São Francisco, que teve início no governo Lula em 2007.

O calvário dessa obra importantíssima, durou 9 anos, concluindo 88% das obras, a inauguração da mesma estava prevista para 2018.

O Lula diz que Bolsonaro fez apenas 3,5% dessa obra; ledo engano, pois 5% foi conclusa no governo Temer, e o Governo Bolsonaro fez 7% em 3 anos, levando água para aquela população sofrida do Nordeste.

A não conclusão total dessa obra pelo governo Lula não aconteceu, não por falta de dinheiro, e sim, por falta de vontade política, pois infelizmente essa transposição foi usada pela esquerda durante longo período; usando o povo mais sofrido como massa de manobra.

No terceiro e último bloco, novamente de confronto direto, entre Bolsonaro e Lula travaram embates principalmente sobre escândalos de corrupção durante o governo petista, nesse bloco o Bolsonaro sobressaiu, até mesmo por uma questão de estratégia.

Em dado momento Bolsonaro pegou no ombro do Lula, sorrindo falou sobre o pertolão “Lula o pertrolão foi o maior escândalo da humanidade o endividamento da Petrobras, com o endividamento, .................. só aí, se enterrou noventa bilhões de reais, dinheiro Lula, que você enfiou no ralo......... a Petrobras se endividou em novecentos bilhões de reais, isso equivale a fazer 60 vezes a transposição do São Francisco .....”

No momento em que Bolsonaro falou “Lula, você fala sempre que quer controlar a mídia e que vai controlar a mídia”, dai por diante o Lula desestabilizou, tanto é verdade que em um dos blocos ele divagou tanto que deixou 5:42 segundo para que Bolsonaro falasse bastante.

Depois desse desequilíbrio emocional, o Lula cometeu algumas gafes, ao dizer “Citando uma ponte inaugurada por ele em 2003, e disse que a construção foi feita para ligar Minas Gerais a Mato Grosso”, estados que não fazem divisa.

No tocante a educação, o tema debatido foi a questão da ausência de aulas por dois anos em função da pandemia, desta forma, acentuando o déficit educacional.

O Lula no afã de explicar o que não fez em 16 anos, disse “Esses alunos que ficaram mais atrasados, teremos que fazer mutirão na educação trabalhando, sábado e domingo!!!!!!”.

Menos candidato, sabemos que o problema causado pela Covid-19, na educação foi devastador, mais de 137 milhões de crianças e adolescentes ficaram sem atividades escolares na América Latina e no Caribe.

Candidato, apenas no Brasil, são 4 milhões de estudantes do ensino fundamental sem acesso a nenhuma atividade escolar.

Licio Antonio Malheiros é geógrafo.



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