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Opinião
Sexta - 11 de Novembro de 2022 às 07:20
Por: Alfredo da Mota Menezes

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A eleição mais disputada no Brasil, com dois candidatos com forte apelo popular, ainda gera comentários e análises.

Paulo Guedes é considerado o melhor Ministro do governo Bolsonaro, mas apareceram falas ao redor dele durante a reta final da campanha que talvez tenha ajudado o Lula.

Em determinado momento apareceu a informação de que havia algum tipo de estudo na área do Guedes de que o aumento do salário mínimo não seria mais pela inflação passada, sim pela corrente. Atingiria os de baixa renda, justamente o lugar onde Bolsonaro perdia longe para o Lula. Guedes desmentiu na hora, mas a oposição usou e abusou desse assunto na campanha.

Daqui a pouco botaram outro tema na roda, também da área do Ministro. Que pretendia retirar do Imposto de Renda a dedução de gastos com saúde e educação. Se ocorresse, atingiria a classe média. Guedes desmentiu também essa informação, mas o outro lado usou o assunto na campanha. Outra fala do Guedes muito comentada foi aquela de que “nós roubamos menos”.

A frase mais comum do momento é aquele de que Bolsonaro perdeu a eleição para Bolsonaro. Ou que suas falas e atitudes ao longo dos anos é que o teria derrotado.

O nome que emerge dessa eleição, na direita política, é o de Tarcísio de Freitas, eleito governador de São Paulo. Se fizer bom governo é o provável nome desse lado politico para a eleição presidencial de 2026.

Isso, como disse Bolsonaro certa vez, de que, se perdesse a eleição, iria “para casa”. Vai mesmo ou assume a liderança da direita e faz politica na oposição pelo Brasil afora? Se fizer é o nome do grupo para outra disputa presidencial, se não o lugar parece que seria preenchido pelo Tarcísio de Freitas.

Lula criticou o orçamento secreto, aquele que os parlamentares usam e abusam em Brasília. Agora já fala em adaptação do tal orçamento. Que poderia ser distribuído pelo tamanho da bancada ou que se mostrasse com mais clareza onde estaria indo o dinheiro mandado pelo parlamentar

Antes, Lula e o PT se arrebentaram perante a opinião pública com o uso do mensalão para comprar apoio parlamentar. Agora Lula vai usar o orçamento secreto como o novo mensalão.

Vai ter maioria no Congresso com quase os mesmo que apoiaram Bolsonaro. Será interessante observar se a maioria dos eleitos do PL vai ser mesmo oposição a um governo em Brasília. Pode até rachar.

Gentes que apoiaram Bolsonaro estão criando lista de estabelecimentos, em diferentes atividades econômicas, para que o bolsonarista não compre produtos naqueles lugares. E se o outro lado fizer a mesma coisa para que não se compre serviços ou produtos nos estabelecimentos dos que votaram em Bolsonaro? Olha o estrago na economia em tantos lugares.

Uma observação aos que perdem uma eleição. Depois da natural ressaca da derrota eleitoral, ficar na oposição por um tempo é tão bom na política como está no lado ganhador. Serão quatro anos de duras cobranças em cima dos que ganharam.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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