“Perdeu mané” O poder não entra em pânico, é o que dizem os que se consideram vitoriosos
Se existe forma de saber a índole de uma pessoa é vê-la participar do saque à integridade de uma nação.
Desde 30 de outubro de 2022 estamos percebendo que as tentativas de quem se considera eleito trazer para seu lado pessoas que tenham moral, gozam de respeito e considerarão está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil. Isto se deve aos descalabros que ele expõe como verdadeiros motivos da “tomada do poder”.
Aliás, ações que já se mostravam evidentes quando começaram a mostrar o esquema agora revelado posto que tramado desde antes do transcorrer dos quatro anos de governo Bolsonaro, evento este que apenas adiou a execução dos objetivos foropaulistanos.
É isso que estamos descobrindo a cada análise que fazemos das ações perpetradas por integrantes dos órgãos que comandam os processos legislativos, judiciais e eleitorais do país.
Nem o quarto poder, a imprensa, que de forma neutra e afastada de sentimentos íntimos e ideologias deveria divulgar os acontecimentos terá sucesso em sua apologia à submissão do povo a quem pode ter usurpado o poder de forma ilegal.
Ao se negarem a comunicar o fluxo e o refluxo de ideias e acontecimentos ou seja, tornar comum a todos o que está acontecendo, o que as partes dizem ao se manifestarem quanto ao processo decisório mesmo após sua conclusão, passam a confirmar sua vassalagem a esse mesmo poder.
A mensagem lenta e maquiavélica enviada pelos que aparentemente o tomaram é tal qual a que a bandidagem diz quando aborda um cidadão comum e vocifera – “PERDEU MANÉ”, tão explícita quanto uma sentença de morte.
O poder não entra em pânico, é o que dizem os que se consideram vitoriosos. Assim é, desde que a vitória tenha sido conseguida de forma lícita, ademais, que também seja reconhecida pela população sobre a qual esse tal poder será exercido.
De outra forma, restará aos céticos e patriotas de sofá, engolir a seco a mensagem sub-reptícia enviada pela lenta e persistente destruição dos sentimentos nacionalistas, das convicções morais, cristãs e cívicas que sua covardia deixará a seus descendentes.
O que move quem fez a opção de se envolver pessoalmente em uma contenda da qual nunca irá se envergonhar, quanto mais se arrepender é o fato de não mais se intimidar frente à opressão imoral, corrupta e ideológica que se fez presente e nos calou no passado, agora não mais.
Nesses quatro últimos anos aprendemos muito observando as posições cheias de cautela daqueles que mais uma vez ficaram olhando para seus umbigos ao permanecerem inertes, preocupados apenas com a preservação de seus próprios status.
Provavelmente serão os primeiros a se arrependerem por seus coniventes silêncios frente aos desmandos que se fizeram presentes nas eleições de 2022, caso se concretize o resultado até agora mostrado.
Marcelo Augusto Portocarrero é engenheiro civil.
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