CLAUDYSON MARTINS ALVES
Volta de impostos e escalada dos combustíveis Nova gestão começa em menos de um mês e traz cenário de incertezas
Nova gestão do governo federal começa em pouco menos de um mês e traz cenário de incertezas sobre o futuro. A economia, como não poderia ser diferente, é pauta de destaque e atrai olhares de todos os lados.
Para o setor de combustíveis, o que preocupa é a volta da cobrança de impostos federais, como o PIS/Cofins, que foram zerados sobre a gasolina e óleo diesel este ano para conter a escalada dos preços.
Uma proposta de orçamento enviada em agosto deste ano pelo atual governo ao Congresso Nacional prevê a manutenção, no ano que vem, das desonerações de PIS/Cofins e Cide sobre gasolina, etanol e gás veicular, e de PIS/Cofins sobre diesel, gás de cozinha e querosene de aviação. No entanto, a medida provisória aprovada sobre o assunto prevê imposto zero somente até o fim deste ano. Para que a tributação siga zerada em 2023, outra MP tem de ser apresentada.
O Banco Central trabalha com um cenário de reversão de corte de impostos para 2023, o que pode dificultar o cumprimento da meta de inflação em 2023. A meta de inflação fixada para o ano que vem é de 3,25%, mas o mercado estima que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) feche o ano em 4,94%, ainda acima do teto de 4,75%.
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