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Os benefícios (e os riscos) da internet
O e-mail do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi invadido por um hacker que fez críticas ao governo municipal. É o mesmo que, recentemente, também penetrou no e-mail do ex-governador José Serra. Dias atrás, o sites governamentais, inclusive o da presidência da República, foram invadidos, numa repetição tupiniquim daquilo que tem ocorrido em diversos pontos do mundo. Mas nem por isso devemos desistir do uso da internet, uma das mais revolucionárias ferramentas surgidas na sociedade moderna.
A invasão de serviços da rede hoje existente pode ser bem comparada ao grampo nos telefones de antigamente. Bisbilhoteiros ou desordeiros invadem a privacidade das comunicações e criam embaraços aos seus titulares. O folclore político diz que Tancredo Neves era avesso às conversas no telefone. Teria, inclusive, dito que “telefone serve no máximo para marcar encontro, de preferência no lugar errado”, numa clara referência à possibilidade da quebra, até criminosa, do sigilo. Outras figuras proeminentes da vida nacional também são citadas como avessas à conversa ao telefone. Mas, se vivessem hoje, certamente teriam o mesmo cuidado em relação à internet, às câmeras de celulares e a outras facilidades de comunicação agora disponíveis.
O microcomputador, na concepção atual, somado à internet e aos instrumentos que interagem com o sistema, transformaram a vida da sociedade. As distâncias foram vencidas pela comunicação eletrônica e instantânea e abriu-se um enorme leque para a difusão de cultura, educação, arte, notícia, comércio, serviço bancário e tudo o mais que se resolver veicular. Também foram lançados à obsolescência a máquina de escrever, a carta e até o telefonema tradicional, pois as pessoas podem hoje se comunicar instantaneamente e com imagens entre os interlocutores. Os governos e as empresas se beneficiaram porque têm mais esse eficiente canal para se comunicar com o seu público-alvo. Mas, como tudo, há o problema da utilização indevida ou criminosa.
A própria vida é um perigo, pois todos os que vivem correm o risco da morte. Usar o automóvel é um risco de acidente. Sair à rua é arriscar-se a vários problemas. Usar a eletricidade é um risco de levar choque. Telefonar é expor-se à possibilidade de grampo. Todas as ditas modernidades, ajudam o homem a viver bem, mas têm seus riscos. A informática e a internet não são diferentes. Assim como os demais instrumentos, exige cuidados dos seus usuários e vigilância das autoridades.
O usuário não pode descuidar-se e nem negligenciar no uso dessas facilidades. Espera-se que juristas, Congresso e Governo sejam capazes de criar as salvaguardas que necessitamos para termos segurança no meio eletrônico. Mas não precisam exagerar como aquele ministro que, dias atrás, anunciou o propósito de contratar “hackers” para cuidar da informática do governo. Seria o mesmo que chamar Marcola e Fernandinho Beira-Mar para ajudar na segurança pública. Não dá...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
aspomilpm@terra.com.br
A invasão de serviços da rede hoje existente pode ser bem comparada ao grampo nos telefones de antigamente. Bisbilhoteiros ou desordeiros invadem a privacidade das comunicações e criam embaraços aos seus titulares. O folclore político diz que Tancredo Neves era avesso às conversas no telefone. Teria, inclusive, dito que “telefone serve no máximo para marcar encontro, de preferência no lugar errado”, numa clara referência à possibilidade da quebra, até criminosa, do sigilo. Outras figuras proeminentes da vida nacional também são citadas como avessas à conversa ao telefone. Mas, se vivessem hoje, certamente teriam o mesmo cuidado em relação à internet, às câmeras de celulares e a outras facilidades de comunicação agora disponíveis.
O microcomputador, na concepção atual, somado à internet e aos instrumentos que interagem com o sistema, transformaram a vida da sociedade. As distâncias foram vencidas pela comunicação eletrônica e instantânea e abriu-se um enorme leque para a difusão de cultura, educação, arte, notícia, comércio, serviço bancário e tudo o mais que se resolver veicular. Também foram lançados à obsolescência a máquina de escrever, a carta e até o telefonema tradicional, pois as pessoas podem hoje se comunicar instantaneamente e com imagens entre os interlocutores. Os governos e as empresas se beneficiaram porque têm mais esse eficiente canal para se comunicar com o seu público-alvo. Mas, como tudo, há o problema da utilização indevida ou criminosa.
A própria vida é um perigo, pois todos os que vivem correm o risco da morte. Usar o automóvel é um risco de acidente. Sair à rua é arriscar-se a vários problemas. Usar a eletricidade é um risco de levar choque. Telefonar é expor-se à possibilidade de grampo. Todas as ditas modernidades, ajudam o homem a viver bem, mas têm seus riscos. A informática e a internet não são diferentes. Assim como os demais instrumentos, exige cuidados dos seus usuários e vigilância das autoridades.
O usuário não pode descuidar-se e nem negligenciar no uso dessas facilidades. Espera-se que juristas, Congresso e Governo sejam capazes de criar as salvaguardas que necessitamos para termos segurança no meio eletrônico. Mas não precisam exagerar como aquele ministro que, dias atrás, anunciou o propósito de contratar “hackers” para cuidar da informática do governo. Seria o mesmo que chamar Marcola e Fernandinho Beira-Mar para ajudar na segurança pública. Não dá...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves – dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
aspomilpm@terra.com.br
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