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Opinião
Quinta - 12 de Janeiro de 2023 às 06:57
Por: Alfredo da Mota Menezes

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O Brasil passa por momentos estranhos e anômalos. Grupos pedindo a volta de militares ao poder, golpe de estado, anulação de eleição, manutenção de Bolsonaro no governo e tantas outras bizarrices politicas. Uma viagem nas esquisitices do momento.

Na depredação em prédios públicos em Brasília não houve reação das forças de segurança. Sabiam o que estava por vir e nada fizeram. Fatos indicam que estavam mancomunados com a sedição, tanto que a Justiça está tomando providências, incluindo punição de autoridades, porque deve ter provas nessa direção.

Alegavam os sediciosos e seus defensores na mídia social que as urnas eletrônicas tinham sido fraudadas, queriam acesso ao tal código-fonte. Mas, vem cá, as Forças Armadas não tiveram acesso a isso e não fizeram um relatório concordando com os trabalhos da justiça eleitoral? Até Jair Bolsonaro parou de falar em urnas.

Mas, para mostrar como o momento nacional caminha para ficar na história como um dos mais pitorescos, Bolsonaro, de férias lá nos EUA, colocou na mídia social desconfiança outra vez contra as urnas. Três horas depois apagou a mensagem, mas conseguiu o que queria que é manter a tropa unida em torno dessa besteira inventada.


Bolsonaro foi eleito presidente com esse sistema eleitoral e foi tudo normal, depois que perdeu a eleição coloca os seus seguidores a continuarem essa cantilena.

O interessante é que esse grupo de descontente politico não tem nem partido politico, são conhecidos como bolsonaristas, como se pertencessem a um senhor.

Acreditam que podem fazer o que quiserem porque defendem pátria e família. Nem sei se defendem Deus porque, no dia da invasão dos prédios em Brasília, derrubaram uma estátua de Cristo e passavam por cima dela e até chutavam.

O exterior seguiu estarrecido os acontecimentos em Brasília. A imprensa internacional, de forma unânime, condenou tudo que ocorria ali. A OEA também se manifestou contra a arruaça à democracia.

Todos os governos de direita no mundo condenaram também o vandalismo e tentativa de golpe. Itália, Israel, Índia Polônia, Hungria, todos da direita politica, apontarem o dedo para os atos antidemocráticos dos seguidores de Bolsonaro.

O pior para o país é passar a imagem de uma República Bananeira. Aquela que a Europa e os EUA tem da região por derrubar governos e ter ditaduras.

O país com a maior economia e população do continente latino americano repetindo o que pequenas repúblicas da região costumam fazer.

A Justiça diz que vai encontrar os que estavam ou ainda está por trás dessa baderna toda ou quem a patrocina. Participantes dos movimentos em Brasília ou pelo país, em sua maioria, são apenas massa de manobra. Quem estava ou está manobrando nos bastidores é que deve ser punido.

Nos EUA tem uma frase famosa em casos assim: fallow the money ou siga o dinheiro. Se seguir o rastro por aqui vamos saber quem financia esses atos golpistas e não tenhamos dúvidas de que em Mato Grosso tem muitos que ajudam com dinheiro a fazer essa balbúrdia política. Que sejam punidos.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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