Decifra-me ou te devoro! Principal objetivo da tecnologia é aumentar eficiência da atividade humana
Tecnologia é um produto da ciência e da engenharia que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas que visam a resolução de problemas.
É uma aplicação prática do conhecimento científico em diversas áreas de pesquisa. (Google).
O principal objetivo da tecnologia, continua o Gloogle, é aumentar a eficiência da atividade humana em todas as esferas, incluindo a produção. Na tríade ciência-tecnologia-sociedade, a educação tem lugar de destaque pelo que ela produz, desenvolve e principalmente pelo que ela pode construir. Enfim, melhorar a vida das pessoas!
É certo que estamos a milhares de anos luz do primeiro machado de pedra, quando o homem entendeu que poderia melhorar a vida das pessoas e da sociedade se valendo e aperfiçoando as coisas que o cercavam. Lembro da minha mãe morejando no lavar continuo de roupas num tanque esfolando as mãos, até o advento da luz elétrica e da máquina de lavar roupas. E me recordo da sua satisfação quando o meu pai comprou a primeira e rudimentar máquina da lavar roupa e a libertou do tanque.
A tecnologia, neste pequeno exemplo, demonstra que veio para libertar o homem a fim de que ele possa gozar a vida na sua pelnitude. Passamos ao longo dos séculos, por diversas fases, até chegar a Revolução Indstrial e, posteiromente, na Era Digital. É nela que estamos, a nos suspreender todos os dias com novos avanços.
Entro no carro que adquiri recentemente. Ele não chave de ignição. Onde já se viu carro sem chave para fazer funcionar o motor! A chave foi substituída por um sensor que me faz apertar um botão e lá está o possante funcionando.
Toda hora que entro no carro eu fico a apreensivo e me pergunto: se o botão não funcionar, o que faço! Eu não sei a resposta. Com o meu fusca eu ia lá atrás e levantava a tampa do motor e o consertava ou lhe dava um tranco e lá estava ele atendendo as suas finalidades. Hoje se o carro não funciona não se pode dar se quer um tranco, pois corre o risco estragá-lo.
O carro virou um enigma. O motor é compacto e nem se tem ideia de como ele funciona. Portanto, se pifar, pifou e estar-se no mato sem cachorro. O mesmo dá-se na comparação da máquina de escrever com o computador, pois este é um teorema que somente pode ser decifrado por alguém especializado.
Um amigo me contou a seguinte anedota: o painel do seu carro foi acometido de um apagão e ele chamou o técnico e este apareceu com um aparelho que foi acoplado no carro e o técnico apertou um botão pra lá e outro para cá e, em seguida, deu-se à luz no painel. E ele perguntou ao técnico se ele não podia lhe ensinar os segredos tecnológicos do milagre operado no seu carro e este respondeu, em forma da galhofa, que se o fizesse ele estaria tirando o sustento dos seus filhos.
O certo é que a ciência avançou tanto em conhecimentos específicos que eles ficaram estanques e inacessíveis, criando-se o analfabeto digital, cunhado pelo escritor cubano Leonardo Padurra, no livro Como Poeira ao Vento – Ed. Boi Tempo, para relatar a falta de acesso à tecnologia na Ilha.
Neste Brasil de meu Deus – de educação precária - já passou da hora de abandonar o machado de pedra e partir para os desafios presentes e os que nos esperam no futuro, pois a tecnologia é um moto contínuo sem fim que plasma a toda hora na nossa frente, a nos dizer: DECIFRA-ME OU TE DEVORO!
Renato Gomes Nery é advogado.
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