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Opinião
Sexta - 20 de Janeiro de 2023 às 06:54
Por: Sonia Mazetto

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A comunicação não violenta (CNV) é uma abordagem dentro da área da comunicação no sentido de falar e ouvir é um tema bastante procurado nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a forma de criar conexões, ter uma boa relação e manter a saúde mental, principalmente em ambiente de trabalho.

Normalmente, a comunicação não violenta tem a ver com a capacidade de perceber e observar, não é algo com que se nasce, acontece, mas é raro. Geralmente, a pessoa pode desenvolver habilidades e competências para se comunicar de forma objetiva e clara sem causar desconforto.

Eu gosto muito do livro do Marshal Rosemberg, 1999, onde ele traz técnicas que podem ajudar na comunicação não violenta. Nesse processo são fundamentais quatro componentes que organizam a sistemática e estabelece conversas sem desentendimentos ou ruídos na mensagem.

O primeiro deles é a observação, que significa observar de fato o que está acontecendo e não colocar juízo de valor, estando dissociado da situação. Depois vem o sentimento, o que essa observação traz para você como sentimento? O que desperta em você? É importante a gente entender que todos nós somos vulneráveis e ser vulnerável não significa ser fraco, mas significa ser humano. A partir daí, é preciso ver a diferença do que sente interiormente e do que pensa ou interpreta sentir.


O próximo passo é ver as necessidades que estão relacionadas ao que sentiu durante a observação. Quais necessidades estão ligadas a esses sentimentos? O que de fato deve ser feito para trabalhar esses sentimentos? Trata-se então de identificar as necessidades de cada pessoa envolvida, só então definir as responsabilidades e saber como agir.

E por último é de suma importância, o pedido. A gente tem que ser claro quando pede para outra pessoa no processo de comunicação não violenta, o que deseja dela diante do acontecido, fazer essa abordagem de maneira positiva e clara, para que não fique dúvidas acerca do que se espera.

Usar essa técnica no dia a dia traz diversos benefícios, contribuindo na vida pessoal e profissional, como transitar entre as pessoas e prevenir episódios de agressividade. Conversar mesmo em situação de conflito e não perder a postura ética. Esse mesmo perfil de comunicação inclusive, é usado em casos de mediação de conflitos para promover consenso entre as partes divergentes.

A comunicação não violenta (CNV) não é apenas repetir palavras positivas de uma forma mecânica, se faz preciso ouvir, ver e sentir. Observar seus sentimentos, pensar sobre o sentir e depois colocar isso para o outro de uma maneira clara e diretiva.

A comunicação não violenta hoje é uma necessidade nas relações humanas, é um estilo de vida que necessita ser praticado. Para você é uma necessidade ou um luxo??

Sonia Mazetto é terapeuta integrativa, fonoaudióloga e palestrante.



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