O medo de não ser aprovado Vivemos num mundo de muitas incertezas e ansiedades
A busca pelo emprego está, a cada dia, mais severa. Há muitos brasileiros desempregados no país. Alguns até gostariam de prestar concursos públicos, todavia, não encontram forças para se dedicar a isso. Já outros, são extremamente capazes e estudiosos, contudo, nutrem o medo de fazer provas.
O substantivo feminino fobia é assim definido no dicionário “Dicio”: “Sentimento exagerado de medo ou aversão a: fobia de água, de escuro, de aranhas, de insetos etc. Psicopatologia. Sensação patológica de angústia intensa e persistente, caracterizada pela aversão ou evitamento de certos objetos, circunstâncias, sentimentos etc.; horror, pavor: fobia de baratas; fobia do mar; fobia de avião”.
Fobia, portanto, é o medo exacerbado de algo, que normalmente não é real, mas que é criado pela mente, conforme a criatividade de cada indivíduo. A fobia provoca algumas alterações na mente e no corpo, como: taquicardia, transpiração nas mãos, pernas bambas, respiração ofegante, tensão muscular, dor de estômago, diarreia, náuseas e vômitos, confusão de raciocínio, esquecimento, dentre outros.
No que diz respeito à fobia em realizar provas, existem quatro estágios: o primeiro – o medo de se inscrever em uma prova de concurso; o segundo – fez a inscrição do certame, mas não estudou, portanto tem medo do óbvio: de não ser aprovado; o terceiro – após inscrito na prova e preparado, tem medo de fazê-la, pois a expectativa é tão grande que começa a criar pensamentos negativos; o quarto – no momento da prova, o medo e o excesso de ansiedade provocam alterações no corpo, minando a inteligência emocional.
O site “Atlasdasaude”traz o conceito de testofobia, que é o medo que o indivíduo tem de fazer testes, provas ou exames escolares.
A fobia pode ser causada por alguns fatores, quais sejam: autocobrança e perfeccionismo; um medo interno de não ser capaz; uma exigência exacerbada de pais, irmãos, amigos, cônjuges; o medo de ser julgado pelos indivíduos próximos de nós; o medo de decepcionar as pessoas; o medo da concorrência; o medo de a prova ser difícil; o medo de o conteúdo ser extenso, dentre outros.
Caso você escolha não fazer uma prova de concurso público, saiba que você já estará eliminado antes mesmo de fazer o exame, portanto, o medo elimina as suas alternativas de aprovações e empregos.
Uma estratégia que pode ajudar você a espantar o medo é: fazer um planejamento dos estudos, dedicar-se à leitura e exercícios diariamente. Organizar e promover o equilíbrio de todos os aspectos da sua vida. Gerir as emoções, fazer exercícios físicos. Exercer o controle, praticar a respiração adequada: inspire e respire adequadamente para se tranquilizar e melhorar a qualidade dos estudos e da vida.
É bom lembrar que a busca de um profissional habilitado (psiquiatra, psicólogo, coach ou mentor) é bem-vinda para auxiliá-lo nesta jornada.
O medo não desaparece da sua vida por si só, o que devemos fazer é aprender a controlá-lo. Você não pode se tornar um escravo do seu medo.
Utilize-o a seu favor. Quanto mais você se preparar para as provas, mais aumentará a confiança em si mesmo.
Sempre é bom lembrar: se alguém pode ser aprovado em um concurso público, você também é capaz de fazer o mesmo.
Agarre as oportunidades. Não deixe que nenhuma fobia atrapalhe você de realizar os seus sonhos. Dedique-se aos estudos e conquiste a tão sonhada aprovação.
Você merece!
Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas.
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