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Opinião
Sexta - 27 de Janeiro de 2023 às 06:52
Por: Alfredo da Mota Menezes

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Há movimentação para que Mato Grosso deixe de ser importador de frutas e legumes. Que o estado, ao longo dos próximos anos, possa ser autossuficiente nesses produtos. A base dessa iniciativa para o futuro estaria na agricultura familiar.

Espera-se que a iniciativa não seja somente inciativa. Ser gigante na produção de grãos e não conseguir ser supridor de parte da alimentação das pessoas do estado soa até esquisito, convenhamos.

Outro assunto do momento é a percepção de certo atrito entre alguns dirigentes da Aprosoja e Carlos Favaro, hoje no Ministério da Agricultura. O último foi a fala do Favaro sobre suposto apoio de gentes da Aprosoja aos atos antidemocráticos em Brasília. Aprosoja rebateu a fala.

Antes já havia arrufo no caso da afirmação atribuída a Aprosoja de que Favaro e Neri Geller não tinham legitimidade para representar o agro no estado como interlocutores em Brasília. Na Aprosoja havia uma identificação maior com a candidatura de Bolsonaro e Favaro e Neri com Lula. Tudo deve ser rescaldo da eleição.


Esse bate boca público é negativo para o estado. Não seria racional aumentar a temperatura entre os lados para não acirrar ainda mais essa desnecessária disputa.

Mais um. A Secretaria de Educação do estado tem dois programas para tentar melhorar a qualidade de ensino. Fazer, como foi dito, que a educação pública no estado esteja entre as dez melhores do país nos próximos dez anos.

Um programa, Educa MT, seria a colaboração entre estado e municípios para melhora de aprendizagem no setor, também melhorar os índices educacionais e a qualificação dos professores e diminuir a evasão escolar. O outro, Estudante Nota 10, para reconhecer e premiar os melhores estudantes da escola pública. Se ocorrer, acaba incentivando outros estudantes.

Se essas metas forem atingidas poderia dar impulso no estado em assuntos diferentes, porque educação está na base de tudo.

Outra mais. Expedição no rio Cuiabá, pretende, em uma semana, percorrer 600 quilômetros pelo rio. A intenção seria fazer um levantamento da realidade atual desse rio e também do que está acontecendo na vida ribeirinha. Fala-se em criar um Instituto de Pesquisa para se trabalhar com tudo que ocorre com esse rio.

O rio ainda está vivo, não se pode permitir que ocorra aqui o que houve em outros rios no Brasil e no mundo que cortam cidades. Foi bastante divulgado o trabalho gigante feito na Inglaterra para recuperar o rio Tâmisa. O mesmo está ocorrendo no Tiete em São Paulo.

É tempo mesmo de cuidar do rio Cuiabá para que não vire uma cloaca a céu aberto como ocorreu em outros lugares pelo mundo.

Apareceu nesses dias a informação de que em IDH, MT está na oitava posição no Brasil. A média do IDH do país é 0,808,a do estado estaria em 0,823. Fica atrás de Brasília, SP, Minas, S.Catarina, Paraná, RJ, RGS.

Quem, no momento da divisão do estado, acreditaria que esta parte de MT estaria à frente do hoje MS, incluindo IDH (e PIB também).

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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