Nossa Barafunda
Logo inicialmente já explico que barafunda é o mesmo que confusão, que por sua vez é um sinônimo do atual (des)governo de Silval da Cunha Barbosa. É claro que por ser um dos jovens membros da oposição, me torno “suspeito” ao criticá- lo, porém, alguém tem que cumprir a esta missão, para que as opiniões da sociedade não se resumam em burra unânimidade e falsa impressão de que está tudo indo muito bem.
Justifico a este texto ao relembrar á aqueles que já se esqueceram, que o Estado de Mato Grosso está passando por “poucas e boas” ultimamente, e que hoje a administração do peemedebista é coroada pela greve dos escrivães e investigadores da Polícia Civil, servidores do Detran, da Sema além de parte dos médicos. (Des)Gestão que já fora paralisada pelo cruzar de braços dos funcionários da educação, que representam a maior categoria dentre os servidores do Estado.
É óbvio que o governo é prejudicado por essa onda de greves, porém é indiscutivel que a pobre população de nosso estado é quem sente “na pele” aos reflexos negativos das paralizações. Não devemos achar que elas são de total (i)responsabilidade dos servidores, muito pelo contrário, a responsabilidade por elas é do governador viajante, que não negocia com aqeles que deveriam ser seus colaboradores, e que ao mesmo tempo apela sempre ao judiciário para que este faça o “serviço sujo”de decretar como ilegais as paralizações, justificando o corte de pontos dos servidores e piorando o relacionamento entre as partes.
Mas o que ficou também nítido foi a capacidade de nosso governador de estar em constante movimento mundo áfora, viajando por países que sempre são roteiros para muitos turistas endinheirados, como a Espanha, China, Emirados Árabes, Rússia, dentre outros aos quais os cofres públicos generosamente bancaram não somente estadias do mesmo, bem como a de outros membros de suas comitivas, que incluíam dentre outros agentes do governo e ou da Assembléia Legislativa, Agecopa e a nossa Primeira Dama Roseli Barbosa (Secretária de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social).
Nada teria contra tais viagens de Estado, que óbviamente são e serão justificadas como benéficas ao Estado por visarem a futuros compromissos de investimentos, se não estivesse nosso povo continuando a sofrer com o caótico sistema de saúde estadual (cuja grande novidade nos últimos tempos é ter sido repassado como um problema a ser resolvido pelas tais OSCIPs), ou ainda com a violência que cada vez mais se agrava não apenas na capital, como em muitas cidades pequenas que já foram pacatas (até mesmo pela greve dos escrivães e investigadores da polícia civil), ou pela baixa qualidade da educação que é reflexo nítido da falta de investimentos efetivos por parte do próprio Estado (e claro da falta de conversa com os profissionais da área).
Mas além destes problemas internos, o (des)governo estadual, deixa uma má impressão no que diz respeito às obras de mobilidade para a Copa da FIFA de 2014, já que a cada momento mudam o sistema de mobilidade urbana entre o BRT (Bus Rapid Transit) e o VLT (Veículo Leve de Transporte), cujos orçamentos não são levados em consideração, até mesmo porque, o segundo ainda não tem nem um intinerario oficial.
Fazendo assim com que a única certeza (?!), seja a conclusão do estádio de nossa capital, já que não se vê muitas máquinas do estado (que já foram suficientemente superfaturadas em 44 milhões na gestão Blairo) trabalhando pelos diferentes rincões de Mato Grosso. Sem contar que na área ambiental, que deveria ser utilizada de forma positiva para atrair turistas e investimentos em crédito de carbono, além de poder ser modelo de auto sustentabilidade, por total desleixo da parte do atual mandatário do Paiaguás é hoje alvo de CPIs (como a das PCHs) e reportagens constantes na mídia nacional pelos ainda incessantes desmatamentos, que outrora já renderam o prêmio de “moto-serra de ouro” ao antecessor e de certa forma padrinho do atual governador.
É claro que não se poderia esperar que em um ano que todos os problemas fossem resolvidos, mas é perceptível que da parte do governo do estado não há ao menos algum esforço para tentar resolvê-los. E com esse quadro, o estado organizado vira uma barafunda, onde por falta de comando efetivo do chefe do estado, abre-se margem para que o sinal amarelo comece a se acender, para que tomemos alguma atitude a fim de evitar que Mato Grosso vire um caos antes mesmo de 2014 que, aliás, é ano que receberemos milhares de visitantes.
Jair Estevão é estudante e membro da “Tucanada do Bem”
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