Palavrões A média de xingamentos em cidades campeãs é de oito por dia
Li uma pesquisa que relata os nomes das cidades cujos moradores são considerados os mais “boca sujas”.
Os dados são de uma pesquisa feita pelo Preply, plataforma virtual de aprendizagem de idiomas.
O estudo investigou a relação dos brasileiros com os palavrões.
Foram entrevistadas mais de 1.6 mil pessoas em 15 cidades de norte a sul do país.
Em 1º lugar estão as cidades do Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília, que levam o troféu “boca-suja” no Brasil.
A média de xingamentos nessas cidades campeãs é de oito por dia.
As cidades de São Paulo e Belo Horizonte estão em segundo lugar com sete palavrões por dia.
Manaus tem seis palavrões por dia.
Porto Alegre, Natal, Curitiba e Recife, com cinco palavrões por dia.
Salvador, Belém e Goiânia, com quatro palavrões por dia.
Campinas, três palavrões por dia.
São Luís, um palavrão por dia.
Os jovens falam mais palavrões que os que têm acima de 55 anos.
As mulheres dizem menos palavrões que os homens.
Nos Estados Unidos da América do Norte falam mais palavrões que no Brasil.
Aqui, menos de vinte por cento dizem palavrões quando estão dirigindo.
O palavrão nem sempre é ofensivo ou pessoal.
Aqui é uma questão de hábito e muito usado como interjeição.
Quase oitenta por cento dos entrevistados para esta pesquisa, afirmaram que evitam o uso de palavras obscenas na frente de crianças, do próprio chefe ou à mesa do jantar.
A grande maioria também se abstém dos palavrões na frente de pessoas idosas e de estranhos.
Esta pesquisa demonstra que ela não foi realizada em todos os Estados brasileiros.
Na nossa cidade os adultos ensinam as crianças a dizerem palavrões ou xingarem por palavras ou gestos.
Os palavrões estão na boca do povo, e cada brasileiro xinga, em média, seis vezes ao dia.
Estou terminando de escrever esta crônica sobre palavrões, e minha cidade mesmo perdendo o “troféu boca-suja”, fala muitas “palavrinhas” que são xingamento mais forte que “palavrões”.
Como imortalizou Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) no seu FEBEAPÁ um “festival de besteiras que assolou este país”.
Para que serve uma pesquisa sobre o uso de palavrões e uma crônica sobre o assunto publicada no bar do Bugre?
Gabriel Novis Neves é médico e professor aposentado.
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