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Opinião
Sexta - 09 de Junho de 2023 às 04:16
Por: Renato Gomes Nery

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Livramento – Ação de livrar, de soltar ou libertar o que estava preso, retido; resgate, libertação (Google). O capeta antes de ser demônio era anjo. Cuidado ao encontrar alguém que você acha ser a sua redenção, salvação ou a solução para os seus problemas, pois pode ter encontrado o cão-tinhoso transvertido em anjo.

O coisa ruim não muda, ele vive de conveniências, vende facilidades, e atravessa o nosso caminho quando menos se espera e faz estragos severos.

Desvencilhar-se dele não é fácil, pois é detalhista e quer aprisionar tudo que é nosso, inclusive, a nossa alma. Não me pergunte como evitar este abraço de tamanduá que pode nos asfixiar, pois eu não saberia responder, qual o caminho para não entrar ou sair dessa marmota?

Ressalto que eu sou uma vítima frequente do maligno. Vira e mexe e ele se atraca comigo e eu tenho que fazer das tripas o coração para me livrar das suas garras. Supostos amigos (a) sonsos/agradáveis/lisonjeiros/interesseiros/bajuladores etc., estão sempre, à socapa, para dar o bote, sem falar nos desafetos, adversários e inimigos gratuitos que se adquire apenas por estar vivo.


Como se livrar quando inadvertidamente casou-se, amancebou-se, associou-se, fez desavisadas relações e negócios com o tinhoso ou foi pego de surpresa nas suas armadilhas adredemente preparadas. Aquela cordialidade e o sorriso doce amargam de doer, ante as tramoias, conveniências, surpresas inusitadas e inesperadas.

Eu ando atrás de um santo de devoção e de alguém que detém os segredos do ritual de livramento, pois o “tal lhe qual” tem pegado pesado comigo e careço de forte proteção. Não me faltam cautela e nem caldo de galinha, mas, creio que por má sorte, eu tenho o sangue doce e predileto para os malfeitores, deste vale de lágrimas, que estão sempre à espreita para enlamear a minha honra, me derrubar e se banquetearem dos meus despojos.

Quando este período de escuridão chegar – ninguém está livre dele - é preciso de ter forças para superá-lo e “dar a volta por cima”. Mantendo o foco, acreditando na lógica da tabuada que não falha, ao estabelecer que 2+2 = 4 e 4 – 2 = 2. Bem como, de que não existe mal que sempre dure e nem bem que nunca se acabe.

Ore, tome chás, unguentos, acredite em rezas, santos de devoção e promessas, pois “o que não faz mal, certamente fará bem”. Enfim, faça o que puder para fortalecer as suas convicções e certezas, pois, insisto, tudo ficará para trás um dia quando menos se espera, inclusive a vida neste vale de passagem.

Eu sou advogado por formação e os meus conhecimentos de medicina, filosofia e religião e outros ramos são elementares. Entretanto, eu entendo da dor, sofrimento, vida difícil, de golpes e tentativas espúrias de destruir a minha imagem e tomar o meu patrimônio, mas, também, de superação.

E por isto grafei, neste texto, a minha experiência que espero “dar uma mãozinha” na autoestima das pessoas, pois é este o primeiro passo para superar as mazelas e patifarias inevitáveis deste mundo que anda rodando à revelia do seu criador.

Por fim, é preciso que se continue com a fé inabalável de Eziquiel em Deus: “para me livrar da morte a minha alma, das lágrimas, os meus olhos, da queda, os meus pés” (Sl 116.8).

Renato Gomes Nery é advogado.



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