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Opinião
Terça - 13 de Junho de 2023 às 04:16
Por: Késia Ara Belchior

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De proêmio, e brevemente, o racismo estrutural é o preconceito, conjunto de práticas e hábitos embutidos em nossos costumes que promove – direta ou indiretamente - a discriminação racial, privilegiando determinada raça ou etnia em detrimento de outra.

O jogador de futebol brasileiro Vini Jr., atualmente contratado pelo Real Madrid, já foi alvo de onze ataques racistas (desde 2021), sendo o último caso sofrido o que extrapolou totalmente a intolerância racial, demonstrando racismo estrutural existente. Jogadores e torcedores entendem que podem bater, provocar e atingir o atleta.

Imaginem vocês a quantidade de “Vinis anônimos” que sofrem calados diariamente em seus locais de trabalho e estudo no mundo. Projetem em suas mentes o quanto eles sofrem agressões verbais e físicas, são torturados, são mortos. Solidifiquem, por fim, a saúde mental dessa pessoa e de seus familiares diante da impunidade existente.

A coragem e luta que Vinicius Jr. está travando, não é somente dele, é de todos os que sofrem ataques e são menosprezados; é o chamado para que medidas sejam tomadas e efetivadas de forma célere, para que não vire estatística.


Não é de hoje que se clama por medidas enérgicas para o combate ao racismo nos esportes, nas pequenas e grandes empresas, nos órgãos públicos, nas multinacionais, nas escolas, no lazer, na vida toda.

A lição que podemos tomar é que o preconceito, a discriminação e o ódio contra quem é diferente (pela cor, religião, nacionalidade ou até pela orientação sexual) não deve ter mais espaço em nossa sociedade.

Devemos procurar o progresso; o preconceito somente representa o atraso. O silêncio é conivente com o racismo!

Késia Ara Belchior é auxiliar ministerial do Departamento de Gestão de Pessoas do Ministério Público do Estado.



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