Comidas quentes O frio parece que aumenta o apetite das pessoas e a tendência é comer mais
Quando escrevo sobre culinária peço ajuda à minha cozinheira, pois desse assunto não entendo nada.
Apenas diagnostico se a comida está gostosa ou não para o meu paladar.
Hoje, ao chegar para trabalhar, muito bem agasalhada, a cozinheira foi logo me dizendo, com certeza motivada pelo frio lá fora, que iria preparar um almoço de comida quente.
Comida quente não é aquela que é servida “pegando fogo”.
Geralmente possui caldos ou sopas quentes.
É rica em alimentos gordurosos e carboidratos, e no linguajar do pessoal do fogão
É rica em alimentos gordurosos e carboidratos, e no linguajar do pessoal do fogão, produz substâncias que aumentam a resistência do nosso organismo, como no frio com baixas temperaturas.
Não preparou uma feijoada completa, como temos o costume de falar, mas uma mini feijoada com tudo que encontrou na geladeira.
Além do feijão preto maravilhoso, carne, orelha e costelinha de porco defumada, linguiça paio, tudo muito bem temperado.
Acompanhando o prato quente, uma porção de arroz branco e banana frita.
A comida estava tão gostosa que esqueci de pedir as fatias de laranja lima que estavam cortadas na geladeira.
Ficaram para a sobremesa.
Com o frio que faz em Cuiabá está aberta a época das sopas, escaldados, ensopados, massas, pratos quentes.
Chás, chocolate puro (Cacau em Pó 100%), com bolo de arroz, queijo, polvilho.
Para aqueles que podem, gostam e tem um bom motivo, é pedido um vinho.
O frio parece que aumenta o apetite das pessoas e a tendência é comer mais, encurtando o período entre as refeições.
É quando aumentam as guloseimas e o controle do peso vai às favas.
Todo mundo sai para jantar em restaurantes, pizzarias, botecos, carrocinhas de cachorro quente e nas esquinas para saborear um espetinho feito na hora.
Numa terra em que velório é festa e as pessoas se encontram para conversar.
São também servidos finos salgadinhos acompanhados de café não requentado.
Tudo é motivo de folia, do frio até o futebol de final de semana, seja à tarde ou noite.
Toda mudança de rotina é saudável ao corpo e mente, e este frio fez bem aos cuiabanos.
Que outros venham.
Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT
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