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Opinião
Quinta - 06 de Julho de 2023 às 04:57
Por: Francisney Liberato

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O filme animado “O rei leão”, da Walt Disney Pictures, marcou época para muitas pessoas. Ele foi lançado em 1994, na sua primeira versão, e em 2019 foi lançada uma nova roupagem do longa-metragem.

Mufasa é o rei leão e o grande líder do povo de Pedra do Rei. Já o seu irmão Scar é um príncipe, que possui os seus projetos pessoais desagradáveis, tais como: raiva, rancor, enfim, resumindo, ele deseja usurpar o trono do seu irmão rei.

Não obstante, o rei gerou o seu herdeiro chamado de Simba. Que é o sucessor natural para ocupar a liderança dos animais.

Para demonstrar a insatisfação, Scar não se apresenta na cerimônia de apresentação de Simba e deixam nítidas a sua mácula emocional e a sua intenção de ocupar o trono do rei, ou seja, sede de poder contra a sua própria família.


Simba é uma criança que devido a sua idade busca as diversões e aventuras do Reino Animal. O rei procura ensinar ao filho os valores e responsabilidades para sucedê-lo no trono.

O tio se aproxima do sobrinho e, de forma astuta, consegue colocá-lo em situações de perigo e desagradáveis. Em um dos episódios do filme, Simba e a sua amiga Nala quase são devorados pelas hienas. Como já dito, a intenção do tio era matar o sucessor do trono, assim como também o rei.

Em outro episódio, Scar arma novamente a morte do Simba. Mufasa tenta mais uma vez salvá-lo, contudo é morto pelo próprio irmão. O tio põe a culpa no sobrinho e diz para ele fugir, mas, na realidade, passados poucos minutos, ele determina que as hienas devorem o próprio sobrinho, para que assim ele possa ocupar o trono daquele reino sem sucessores vivos.

Simba consegue fugir para o deserto. Com o coração abatido, uma vez que presenciou a morte do seu pai, leva consigo a culpa, e se afunda numa profunda depressão.

Ele é encontrado desmaiado no deserto por Timão e Pumba. O suricato e o javali resolveram adotá-lo e ajudá-lo a sobreviver.

Simba, como fugitivo e longe da sua família, encontra uma nova possibilidade de viver ao lado dos seus novos amigos Timão e Pumba, que desde o primeiro momento desejaram o seu bem, ensinando-lhe mensagens positivas e motivacionais.

Em uma sintética análise, podemos resumir a vida de Simba: de herdeiro do trono do seu reino se tornou um fugitivo e um “assassino”. No deserto, sem esperanças e com a autoestima muito baixa, ele encontra novos amigos que lhe proporcionam uma nova visão de mundo, isto é, esquecer o passado e projetar o futuro com uma nova mentalidade positiva. Os conselheiros de Simba o ajudaram a reerguer a sua vida.

Passados alguns anos, Nala encontra Simba na sua nova residência. Simba já era um adulto. Nala expõe a situação do reino que foi tomado por Scar e que estava em perigo. Simba tenta resistir ao seu retorno. Nala vai embora. Contudo, Simba reflete sobre as palavras do seu pai de que ele é o verdadeiro herdeiro do trono e resolve retornar e ajudar o seu povo.

Simba não volta sozinho, os seus novos amigos Timão e Pumba também escolheram participar da guerra contra o seu tio e as hienas.

De volta ao Reino, Simba se reencontra com a sua mãe, derrota o seu tio com seu exército, com ajuda dos seus amigos, se casa com Nala e apresenta o seu novo herdeiro.

A lição que entendo ser pertinente para todo líder é que jamais conseguiremos governar sozinhos. Simba precisou da ajuda e das palavras positivas dos seus amigos, para se reerguer e ter uma nova visão de mundo e do seu futuro.

Quantas vezes nós, líderes, nos encontramos em situações com uma mentalidade pessimista, cansados e desanimados pelas vicissitudes e circunstâncias que enfrentamos? O verdadeiro líder passa por muitos dilemas e enfrentamentos da sua jornada. Porém, nós, como líderes, precisamos estar próximos, ou melhor, escolher pessoas sábias e conselheiras para serem os nossos mentores.

Às vezes, é necessário ir ao fundo do poço e reorganizar as nossas vidas para enfrentar as terríveis batalhas que vivenciaremos no dia a dia nos locais em que exercemos a nossa liderança.

O líder precisa ser aconselhado por pessoas que desejam o seu bem, e mais: buscar o crescimento e desenvolvimento da sua vida, do seu negócio, da sua empresa, da sua instituição, enfim.

Tome muito cuidado com as pessoas e os conselheiros que estão próximos de você, líder, pois muitas vezes somos surpreendidos e enganados por pessoas que aparentemente desejam o nosso bem, mas no fundo não é isso o que ocorre. Nem sempre aqueles que concordam com você, com “tapinha nas suas costas”, são os que querem ver o seu sucesso.

Apenas exemplificando: escolha conselheiros com as seguintes características: que sejam sinceros, éticos, honestos, confiáveis, justos, organizados, transparentes, equilibrados, trabalhadores, leais, estudiosos, que tenham empatia, que saibam aplicar a inteligência emocional, que tenham fé, que falem a verdade, que sonhem, que tenham propósitos, que desejam o seu bem etc.

Pessoas como “Scar” sempre aparecerão na sua vida, portanto, saiba escolher conselheiros que te colocam para cima, que são sinceros e falam a verdade de forma transparente, para que assim você possa governar a sua vida e os seus negócios de maneira mais assertiva.

Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas.



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