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Opinião
Quinta - 20 de Julho de 2023 às 04:04
Por: Auremácio Carvalho

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O Brasil está doente: social, política e institucionalmente. Estamos em pleno terceiro turno (que vai até 2026).

Ódio, fake News, tentativa de golpe de Estado, com seus autores sendo conhecidos e processados, desde o ensaio de 12 de dezembro do ano passado, com o quebra-quebra de Brasília, e tentativa de invasão da sede da PF, com o ensaio de golpe fracassado de 08 de janeiro, com planos, minuta de golpe, parte de militares do Exército enlameando, mais uma vez, a farda e a Instituição, e com a tentativa feroz de salvar a cara do “mito”, com se possível fosse tal ação sem, ao menos, o conhecimento do ex-presidente que, como é sua marca pessoal, “ não sabe de nada e não viu nada”, jogando às feras os participantes, inclusive a massa de manobra das frentes dos quarteis, presos e em processo penal pelo STF.

Enquanto isso, a divisão na sociedade se aprofunda, mais uma vez, entre antipetistas/antissistema e anti-Bolsonaristas. "A dinâmica é muito simples. Uma vez que o governo alcança o poder, num ambiente de extrema polarização, os partidos não conseguem atuar em conjunto. Isso gera ineficiência legislativa e cria incentivos para o presidente se sobrepor ao Congresso, por meio de decretos, por exemplo", explica o prof. David Doyle, da Universidade de Oxford-EUA.

E isso, por consequência, gera conflitos entre os Poderes, sobretudo entre o Executivo e o Legislativo. E esse conflito pode levar, em tese, a algum tipo de ruptura democrática. É esperar para conferir.


Outra realidade é que a polarização e a violência no discurso se reflete no comportamento das pessoas em geral, principalmente de apoiadores mais fanáticos e agressivos; aliás, o que aconteceu na campanha e continua acontecendo nas redes sociais e até nas praças das cidades, infelizmente, de ambos os lados.

Se um líder político toma uma atitude incendiária e discriminatória em relação ao oponente vencedor, isso gera um tom e um exemplo que permitem que aqueles que já eram preconceituosos e violentos, saiam do armário e transformem seu ódio e a frustação política pela derrota. em atos de violência usando a via incontrolável da “liberdade de opinião” e das redes social, território sem lei e sem limites. O Presidente Lula, grosso modo, está vendo seu governo (em apenas 7 meses) de vida, derretendo, a olhos vistos com o fatiamento de ministérios, para sobreviver politicamente. Está entregando “os anéis e os dedos” ao primeiro ministro de fato-Dep. Federal Arthur Lyra- Presidente da Câmara e o Centrão. Lula está se transformando, de verdade, numa “rainha da Inglaterra: reina, mas não governa”.

Todas suas promessas de campanha de “reconstrução do Brasil”, mostram o seu conteúdo verdadeiro: mudar, para continuar tudo como está- “status quo”.

Daí, talvez, sua frenética agenda internacional, para mostrar ao mundo que está “governando”. Talvez tenham razão os quase 30% do eleitorado que se absteve, na presunção, a cada dia confirmada, que se escolheu trocar

“ 6 por meia dúzia”, ou seja, mais uma vez, a busca do eterno salvador da pátria, de um Santo Graal. Confusão política maior do que a que hoje assistimos no Brasil, nem Kafka ou Maquiavel, poderiam imaginar: busca de poder e verbas de ministérios pela classe política de sempre, o povo pagando a conta, os governantes fingindo que governam, o judiciário, duras penas, atuando e, nas horas vagas, legislando, na omissão do legislativo. Não precisamos de um 3º Turno Eleitoral, podemos esperar 2026.

O Brasil agradecerá, se sobreviver até lá. Com a palavra, o leitor/a.

Auremácio Carvalho é advogado.



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