Lula e o 4º mandato A criação pelo Lula do trigésimo oitavo Ministério não traz surpresas
A criação pelo Lula do trigésimo oitavo Ministério não traz surpresas, porque já sabemos desde o primeiro mandato que o Presidente é um costumeiro e inconsequente gastador dos recursos públicos. Ele não busca viabilizar a economia controlando os gastos, antes acha mais fácil aumentar os tributos como está fazendo agora com o imposto sobre os super ricos. Esta, na verdade, é uma tributação que dá ótimos discursos nos palanques políticos.
Está muito ao gosto dos populistas porque quase sempre consegue apoio do povo que, insuflado pelo Lula, considera rico inimigo de pobre.
Entretanto, há um problema muito sério na taxação inapropriada da elite financeira. Se os impostos sobre os ganhos aqui no Brasil estiverem desproporcionais ao que se cobra em outros países, os donos do capital simplesmente transferem sua grana para outros lugares, o que, dependendo do volume da debandada, pode trazer um grande problema econômico.
Mas nem só com novos ministérios e taxações temerárias de contribuintes brindou-nos o Lula esta semana. Ele criou uma fantasia de que a justiça inocentou a ex-presidente Dilma sobre as tais pedaladas que a levaram ao impeachment.
Tal qual aconteceu com a interpretação tendenciosa da sentença que o teria inocentado dos crimes pelos quais foi julgado e preso, agora ele quer uma reparação para a “injustiça” de que teria sido vítima a Dilma.
Ainda não nos esquecemos do Sítio de Atibaia e do Triplex do Guarujá amplamente comentados na mídia por vários meses com farta denúncia e que levaram o Presidente à prisão, mas que ele, após a justiça apontar erro no processo, convenceu o povo de que estaria sendo inocentado pelo judiciário, o que é falso.
Mas além dessas iniciativas danosas de criar o Ministério da Pequena Empresa e do Empreendedor, que embora diga o contrário, drena recursos de outras pastas, o PT e o Lula nos reservaram outra surpresa: estão lançando desde já sua candidatura à reeleição de 2026. Para tanto convocam seus seguidores a defenderem essa ideia com entusiasmo.
Esses líderes ensimesmados parecem convencidos de que para eles o tempo não passa com a mesma voracidade que agride os seres comuns.
Eis que o Lula está com 77 anos; em 2026, durante a campanha, terá mais de 80. Quando terminar o mandato, se for eleito, estará com mais de 85 anos.
Não posso ser acusado de etarista – com o perdão dessa palavra feia que está na moda - pois tenho quase a idade dele. Por isto sei dos estragos do tempo sobre a carcaça humana e das limitações que os anos trazem.
Outro exemplo destes líderes que se consideram insubstituíveis é o Joe Biden os Estados Unidos. Mesmo literalmente caindo em cerimônias públicas e desorientando-se no palco, como já aconteceu várias vezes, não quer largar o osso e está em ativa campanha para reeleição.
Esta recusa de sair de cena e dar espaço para os mais jovens é a manifestação mais grotesca da ciclópica vaidade dos semideuses da política.
Renato de Paiva Pereira é empresário e escritor.
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