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Opinião
Sexta - 08 de Setembro de 2023 às 06:55
Por: Alfredo da Mota Menezes

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A Câmara Municipal de Cuiabá aprovou medida que declara o rio Cuiabá, entre Acorizal e Santo Antônio do Leverger, como “monumento natural paisagístico”. Está incluído obviamente o trecho que passa pela capital. Nas alegações se mostra a beleza natural do rio e entorno e como é importante preservar.

É mais uma arma contra a construção de PCHs ou pequenas centrais hidrelétricas neste trecho do rio Cuiabá. Ao dizer que não se pode ter obra nenhuma que altere a paisagem natural do rio estaria mandando um recado que não se poderia construir PChs no rio. PCH tem represa, o que, na proposta aprovada na Câmara, alteraria a paisagem.

Vai ser outra briga jurídica. A empresa que tenta construir essas PCHs no rio deve ir atrás de novas medidas judiciais. Fora antes até em instâncias superiores com alegações de que o rio tem ligações internacionais ou que energia é assunto federal e não local.

Com essa nova proposta da Câmara, a Sema teria mais um argumento para quando forem pedir licença para uma PCH. Eae, vai levar em conta essa lei municipal ou aceitar o argumento de que o assunto é federal e não local? A briga vai continuar.


Alguns alegam que o interesse da empresa em ter hidrelétricas nesse rio seria porque não se gastaria muito com linhas de transmissão. Outros arguem que isso não tem muita importância, pois uma hidrelétrica pode se interligar de qualquer lugar ao sistema global de transmissão de energia. Vamos ver como esse assunto vai andar nos meses á frente.

Outro tema regional foi a Assembleia Legislativa autorizando o governo do estado a doar uma área de cinco hectares, ali pelo Chapéu do Sol, para que a prefeitura de Várzea Grande possa construir uma rodoviária.

Não é interessante uma cidade como Várzea Grande, com cerca de 300 mil habitantes, não ter até hoje uma rodoviária? Passageiros dali muitas vezes vêm a Cuiabá para embarcar na rodoviária daqui para outros lugares. Um assunto desses nunca entrou na pauta da discussão eleitoral ali.

Várzea Grande tem peculiaridades bem próprias. Essa de não ter abastecimento adequado de agua através de tantos anos é outra delas. Um fato que o eleitor já deveria ter dito aos candidatos, anos atrás, que quer o assunto resolvido. Até agora a coisa anda de lado.

Outro dado interessante sobre o vizinho do outro lado da ponte, que nada tem a ver com politica e eleição, é que praticamente não se tem prédios de apartamentos ali. Poderia ter sido uma atração construir e vender apartamentos para pessoas que vão morar em Várzea Grande e também para os muitos que trabalham em Cuiabá.

Imagina-se que o preço de um apartamento naquela cidade seja mais baixo do que em Cuiabá. Quem sabe com o BRT isso possa ocorrer. Pessoa morar ali em apartamento e usando esse modal trabalhar na capital. Ilações é que não faltam sobre o assunto.

Alfredo da Mota Menezes é analista político.



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