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Opinião
Quarta - 13 de Setembro de 2023 às 04:37
Por: José Alfredo Loureiro Granja

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A transformação tecnológica vem impactando continuamente a Medicina e a cirurgia robótica é um bom exemplo disso. Trata-se de uma operação assistida por robôs. É uma técnica minimamente invasiva, em que todas as manobras são conduzidas pelo cirurgião e executadas por meio do robô, com controle de movimentos feito por joysticks.

Esse formato de cirurgia é indicado para algumas doenças que necessitam de tratamento cirúrgico, mas o profissional médico precisa ter a habilitação específica para poder realizá-la por via robótica. Todas elas podem ser realizadas sem precisar de grandes incisões, como aconteceria na abordagem aberta.

Destaco aqui as cirurgias relacionadas a patologias do aparelho digestivo como tratamento de obesidade através da cirurgia bariátrica, doença do refluxo gastroesofágico, tratamento de hérnias da parede abdominal, câncer colorretal e de estômago, entre outras.

Mesmo entre as plataformas de diversos fabricantes, o ponto em comum é o carro que vai junto ao paciente onde se acoplam a câmera e os braços robóticos, que permitem operar através de incisões cada vez menores. O console do cirurgião onde o profissional controla os braços, câmera e todos os instrumentos com uma visão HD 3D, e todos os seus movimentos, são filtrados para evitar tremores. Atualmente, é a técnica mais moderna no que se refere a procedimentos minimamente invasivos.

O processo de realização de uma cirurgia robótica é mais preciso devido a todos os equipamentos e instrumentos disponíveis. A câmera 3D garante uma visão com maior profundidade e definição. Ao mesmo tempo, o joystick (console) permite um controle exato dos movimentos a serem realizados. Por sua vez, os braços do robô trazem estabilidade às mãos do profissional. Com isso, possíveis tremores deixam de impactar o trabalho executado.

A cirurgia robótica, do ponto de vista do paciente, permite um procedimento mais preciso, com melhor acesso e visualização das estruturas operadas, o que leva a menor risco de intercorrências no perioperatório (período de tempo desde a decisão da cirurgia até o retorno do paciente às atividades normais), sejam sangramentos, dores ou alterações de sensibilidade.

Além disso, como procedimento minimamente invasivo, é realizada com incisões menores que proporcionam uma recuperação mais breve, mesmo em procedimentos maiores”, complementa o especialista. A seguir, especificamos mais a fundo as vantagens e os diferenciais dessa prática tecnológica.

Os pacientes são os maiores beneficiados da cirurgia assistida por robôs. O procedimento minimamente invasivo diminui, por exemplo, a dor e o desconforto do pós-operatório. Confira as principais vantagens para quem se submete a esse tipo de operação:

- Redução de complicações
- Diminuição do tempo de internação e recuperação
- Melhores resultados estéticos
- Segurança

A cirurgia robótica tem alta tecnologia e, por isso, é mais precisa do que os procedimentos convencionais e laparoscópicos. O cirurgião utiliza um monitor de alta definição, o que garante a visualização tridimensional do órgão a ser operado. Além disso, é possível ampliar em até 15 vezes.

Além disso, o robô possui quatro braços articulados, dois que funcionam como as mãos esquerda e direita do cirurgião e um terceiro que representa a mão do médico auxiliar. Todos eles têm pinças acopladas que realizam a manipulação do paciente. Também há movimentação em 360°, o que garante acesso a regiões angulosas e estreitas com alta precisão.

Dr. José Alfredo Loureiro Granja é gastroenterologista, cirurgião do aparelho digestivo na Gastroclínica, em Cuiabá-MT.



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