Disbiose intestinal, a desarmonia da microbiota
O trato gastrointestinal é composto por inúmeras bactérias que compõem a microbiota intestinal, conhecida como flora intestinal. Ela exerce um papel muito importante na nossa saúde.
A composição da microbiota intestinal é única em cada indivíduo e muda ao longo da vida. Em pessoas saudáveis, o intestino mantém um equilíbrio, em que as bactérias boas superam as ruins, que podem ser causadoras de doenças.
A disbiose intestinal é um desequilíbrio na flora intestinal em que existe alteração na quantidade e na diversidade de bactérias no intestino, geralmente aumentando a quantidade de bactérias consideradas ruins, o que pode causar inflamação e impactar negativamente a saúde gastrointestinal do indivíduo.
Esse desequilíbrio pode gerar sintomas como prisão de ventre, náuseas, gases, dores abdominais, azia, vômitos, distensão abdominal e diarreia. Caso não seja tratada, a longo prazo, é capaz de provocar consequências mais pesadas para a qualidade de vida da pessoa.
Esta condição clínica também pode causar distúrbios de humor, cansaço, dores de cabeça, quedas de cabelo e unhas quebradiças, além de deixar a pessoa mais suscetível ao desenvolvimento de algumas doenças como a candidíase de repetição.
Os principais fatores para o desenvolvimento da disbiose são a má alimentação, o tabagismo, o alcoolismo, o estresse e o uso indiscriminado de alguns medicamentos (antibiótico, antiácido, anti-inflamatório e corticosteróides).
O tratamento se baseia, na mudança dos hábitos alimentares, mudança no estilo de vida, na prescrição de probióticos e até mesmo na realização de transplante fecal, em casos reservados de infecções intestinais muito recorrentes, como relatado na literatura.
Dra. Luciana Rocha Almeida é gastroenterologista e integra as equipes da Clínica Vida Diagnóstico e Saúde e IGPA.
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