Oração de Natal Peço paz, vida longa ao nosso Pantanal, purificação e mais amor
Neste Natal, ano em que o mundo persiste em tantas guerras, onde as mudanças climáticas abrasam a nossa Terra, eu quero muito pouco!
Que haja menos loucos no Planeta, que em vez de bombas, tenhamos pombas brancas voando solenes pelos ares, golfinhos brincalhões em nossos mares. Que as queimadas, inexistam em nossas matas, que refloresça o que foi derrubado na amazônia, retornando nosso mundo natural.
Peço a Deus, nosso Pai Celestial, que resgate, como era, meu querido Pantanal. Que as garças voem em bandos, como sempre acontecia, que as araras reapareçam por ali, todos os dias e encontrem, carregados de sementes, os pés de manduvi. Que os tuiuiús reencontrem os seus ninhos, incinerados tantas vezes, e possam procriar sem mais revezes.
Peço a Deus, nosso Pai Celestial, que resgate, como era, meu querido Pantanal
Meu Deus! Dê uma olhada nesta Terra se aquecendo a cada hora, resultado da ação devastadoras dos humanos, que destroem bem mais florestas a cada ano.
Desejo paz para as crianças devastadas pelas guerras, mesmo vivendo na sagrada inocência, mas feridas, massacradas em bombardeios e metralhas, por aqueles que, em vez de amor e paz, disseminam as mortalhas.
Desejo que este Ano Novo seja de purificação, em vez de ódio e desencontros, tragam amor no coração. Precisamos confraternizar, que quer dizer tornarmos mais irmãos do outro, para que tenhamos uma boa convivência, baseada na paz e paciência.
Neste Natal, basta um pão e um bom vinho, para acalentar cada família em seu ninho, seu lugar de oração, onde o amor prospera em cada coração. Não quero foguetórios pelas ruas, nem o esbanjar de falsas riquezas, pois isso não é nobre, apenas documenta um coração que é muito pobre.
Quero verdades em cada boca que pronuncia o verbo amar, não a falsidade que se exacerba ao falar o que está sentindo, porque a expressão do rosto é a de alguém que está mentindo. Espero a humildade dos circunstantes e não a ostentação dos desprovidos de dignidade.
Neste Natal, espero amor, porque de dor o mundo já está abastecido em cada canto desta Terra; quando não é a violência desmedida, é fome, muita fome de comida, além da iniquidade de uma guerra.
Neste Natal, que a paz seja verdadeira e cada ser humano reconheça que a humanidade tem uma chance derradeira para a vida em comunhão, conviver, de verdade, com cada irmão!
Que assim seja!
José Pedro Rodrigues Gonçalves é doutor em Ciências Humanas
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