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Opinião
Quinta - 21 de Dezembro de 2023 às 05:03
Por: Francisney Liberato

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Todos nós desejamos ter uma vida plena e muito feliz. Todos nós temos a intenção de buscar situações, atividades e coisas que nos fazem bem. Creio que ninguém é um masoquista que luta para fazer mal a si mesmo, contudo, nem sempre é o que ocorre, devido à predominância da emoção sobre a razão.

O politicamente correto para se ter uma vida bem-sucedida é praticar atividades físicas; comer frutas e verduras, evitar a comilança de gorduras e açúcar; manter-se tranquilo no trabalho; ter bons relacionamentos; ter fé; buscar equilíbrio em todas as áreas da vida; ocupar a mente com pensamentos positivos; economizar dinheiro, dentre outras boas práticas.

Infelizmente, nem sempre seguimos esses conselhos para sermos bem-sucedidos na vida, devido à interferência do aspecto emocional e, principalmente, do autocontrole. Quantas vezes fazemos promessa, planejamos, organizamos, investimos recursos e tempo para praticar uma atividade física, por exemplo, e sequer conseguimos concretizar a meta?

Por que não conseguimos fazer o que precisa ser feito? Creio que boa parte dessa culpa seja pela falta ou deficiência do autocontrole. Acabamos por ceder a benefícios presentes e passageiros, sendo que, se mantivéssemos o foco, receberíamos benefícios futuros muito maiores e melhores do que os do presente. Ao invés de ceder à tentação do consumo dos doces, acabamos não resistindo e pensando de maneira descontrolada.


Só pelo fato de nascer neste mundo, temos a tendência de permitir e aceitar as delícias da tentação. Sendo assim, a nossa grande luta é contra essas tentações, às quais devemos resistir diuturnamente.

Fazer o que é correto não é fácil, é andar contra a correnteza deste mundo. É a vontade de sentir prazer imediato contra o esforço de adiá-lo.

O exercício do autocontrole varia de uma pessoa para outra, alguns têm mais facilidade do que outros.

É igual aos pontos fracos que cada ser humano possui. A dificuldade de fazer dieta para uma pessoa pode ser algo tranquilo, mas para outro indivíduo pode ser algo inalcançável. Estudar para alguns é fácil, já para outros, é um pesadelo.

Que possamos entender o nosso cenário e as nossas perspectivas para facilitar o domínio do nosso eu. Conhecer os pontos fracos, buscar o histórico de promessas não cumpridas, e saber que somos seres humanos tendentes a praticar o que é falho e errado, pode nos ajudar a querer mudar e ser um agente realizador de metas.

Francisney Liberato é auditor do Tribunal de Contas.



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