Borderlines A nossa sina é ir levando os borderlines que nos assombram
Joseph Artur Gobineau foi um diplomata, escritor e filósofo francês. Bem como um dos mais relevantes teóricos do racismo do século XIX. Ele afirmou: a mistura de raças (miscigenação) é inevitável e levará a raça humana a graus sempre maiores de degenerescência física e intelectual -.
É dele a seguinte afirmação: NÃO CREIO QUE VIEMOS DOS MACACOS, MAS CREIO QUE VAMOS NESTA DIREÇÃO (Google).
Pode-se não concordar com o referido escritor e filósofo francês, nas afirmações acima, mas vai-se ficar em dúvida em outra sua assertiva: “que não florescerá nenhuma civilização abaixo da linha do Equador”, dentro do contexto do caldeamento de raça que se fazia e se faz por aqui.
Fico intrigado quando vejo um Chefe de Estado – que falava com seu antecessor através de um passarinho – querer incorporar, à força, 80% do território de um seu vizinho. E outro, com o pseudônimo de LOCO que conversa com o cachorro morto – cuja prole clonada, ele chama de filhos - assume a chefia do seu segundo maior país da América do Sul, atolado numa crise sem precedentes.
Sem falar nas patacoadas de determinadas lideranças do mesmo naipe que fazem o Brasil andar para trás. Enfim, a dos encantadores de serpentes que por aqui e pelas vizinhanças triunfam sempre.
O que faz o eleitor ter fascínio por personagens fronteiriços que rompem os umbrais da normalidade para a anormalidade. Eu não saberia responder! O mundo está cheio deles a assombrar a paz e a serenidade do universo.
Neste Continente, o sonho, a fantasia e a realidade se confundem. Tudo isto, com alguma condescendência, pode ser chamado de realismo fantástico, onde a realidade se mistura com o sonho e a fantasia que foi imortalizado, por inúmeros escritores, com destaque para Gabriel Garcia Marques, no livro, Cem Anos de Solidão.
A propósito, assisti ao filme, recém-lançado, sobre um personagem controvertido chamado Napoleão, que não faz jus a ele, pois o fizeram caricato, como alguns líderes de meia pataca sul-americanos.
A grandeza e ao brilho do Imperador não foram, a nosso ver, devidamente demonstradas. Entretanto, as suas pretensões expansionistas o levaram para exílio na ilha de Elba de onde foi arrebatado pelos seus seguidores e depois para a Ilha de Santa Helena, onde morreu. Foi-se o homem e ficou a sua grande herança e a sua fama imortal.
Enfim, como não aparecem, neste fim de mundo, nem arremedos do Corso, a nossa sina é ir levando os borderlines que nos assombram com suas nefastas surpresas e manifestas esquisitices.
Quem falou que isto aqui era para dar certo!
Renato Gomes Nery é advogado.
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