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Opinião
Terça - 02 de Janeiro de 2024 às 04:51
Por: Gabriel Novis Neves

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Não é novidade para ninguém do meu círculo familiar e de amigos, que nos últimos cinco anos só saio de casa com motorista para ir ao médico e dentista.

Na nossa vida acontecem coisas que não sabemos explicar.

No início deste mês, ao deixar o ambulatório do meu plano de saúde, solicitei ao motorista que me atendia para dar uma paradinha numa loja de materiais hospitalares.

Comprei uma ‘cadeira de rodas de alumínio’, totalmente desmontável e retornei para minha casa.


No dia 6 de dezembro, os engenheiros egressos do curso de engenharia civil prestaram, no auditório do bloco de tecnologia, homenagem aos seus professores fundadores, os pioneiros.

Nasceu em uma casa da rua de Cima, quase em frente ao beco Alto, próximo à casa do seu avô paterno: João Gomes Monteiro

Fiz questão de comparecer, embora por metade do tempo no evento, onde fui homenageado como 1º reitor da FUFMT.

O auditório estava com todas as suas poltronas ocupadas, por professores, egressos e familiares. Com gente de pé no seu entorno e do lado de fora do auditório.

Fato raro de acontecer em eventos acadêmicos, registrados por câmaras de filmagens e fotos.

Em crônica publicada no meu blog externei o sentimento que senti diante de tamanha confraternização entre egressos e professores.

Isso aconteceu no dia 6 deste mês e ‘batizei’ a crônica de ‘Ares de despedida’.

Tive uma premonição e, 19 dias após aquele ato festivo, um dos homenageados nos deixou: o queridíssimo professor Mário Novis Gomes Monteiro, o conhecido Mário Tatú!

A desolação nos roubou as últimas horas do Natal, quando festejávamos o nascimento de Jesus.

Mário Tatú quando chegou ao Rio para prestar o concurso vestibular para Arquitetura, eu já era quase médico, ou médico recém-formado.

Quando necessitava de serviços médicos, era a mim que recorria.

Nasceu em uma casa da rua de Cima, quase em frente ao beco Alto, próximo à casa do seu avô paterno: João Gomes Monteiro.

Bem em frente à sua casa, morava uma ‘menina-moça’ encantadora.

Mário Tatú, feio tal o bicho, se apaixonou loucamente por ela e se casou constituindo família.

Na Universidade consolidou seu nome como Mário Tatú, pois as primeiras edificações do campus, foram projetos arquitetônicos dele, num ‘enorme buracão’ do terreno.

Vá em paz primo!

Um dia encontraremos!

Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT



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