Teoria do caos
É possível explicar o caos. Pode até parecer uma espécie de pré conceito, mas se trata da mais pura ciência, dos resultados previsíveis em vista das ações conhecidas. Para se ter uma idéia, há justificativas plausíveis (talvez não justificáveis) até para o que acontece atualmente em Mato Grosso.
Vejamos.
Alguns fenômenos não podem ser previstos por leis matemáticas, os chamados “efeitos caóticos”, que são aqueles onde não há previsibilidade, inexiste a lógica. Exemplos: o frio (desse mês de junho) em Cuiabá depende de variações climáticas. As oscilações da bolsa de valores também são caóticas. Todavia com o desenvolvimento da Matemática e das outras ciências, a ‘Teoria do Caos’ surgiu com o objetivo de compreender e dar resposta às flutuações erráticas e irregulares que se encontram na Natureza.
Eureka!
Há o exemplo da dupla de economistas americanos, os doutores Myron Scholes e Robert Merton, Prêmio Nobel de Economia em 1997, que encontraram uma fórmula para prever aplicações financeiras, com isso ganharam a cobiçada láurea (e a grana correspondente). Ficaram ricos e se aposentaram, nessa ordem.
Então o caos representa o ‘previsível’? Podemos dizer que sim! E o termo ‘caótico’ como exemplo de imprevisibilidade (e na qualidade gramatical de adjetivo de desordenado, confuso) é puro preconceito? Podemos acreditar que sim!
Em nossa quente Cuiabá (não nesse mês de junho, claro), o alcaide governa com praticamente a unanimidade dos edis, a cidade é uma cratera só e a Copa do Mundo é uma incógnita. O PAC de quase um bilhão de reais já era. A exemplo de seus ascendentes paulistas (os Bandeirantes), o dirigente de Cuiabá só pensa na riqueza tupiniquim (Sanecap) e na forma de levar isso para São Paulo.
Dá prá esperar bons resultados, coisas diferentes, revoluções, boas novas, com ‘o que’ aí está? Cremos que não.
Do mesmo modo, a atual gestão estadual já acabou (embora mal tenha começado). O slogan do governo “Mais por Você” esconde que na realidade é “Mais do Mesmo”. Mas nem tudo ficará igual porque há a tendência de piora, desafiando a ‘teoria de Tiririca’ (pior que tá num fica).
Discorramos sobre o caos.
Da promessa de 10.000 vagas oferecidas no grande concurso público e que está para expirar (vencer o prazo), o Governo vocifera que 80% dos aprovados já foram chamados e empossados. Não disse o tamanho do cadastro reserva e omite que milhares de ‘indicações políticas’ foram publicadas em cinco meses, a pedido de deputados ‘da base’. E esconde da opinião pública que nas greves dos Agentes Prisionais, dos profissionais da Educação, da Sema, dos servidores da Empaer e do Detran, entre as reivindicações dos trabalhadores está a posse de servidores aprovados no ‘Mega Concurso’.
Quem mente e por que mente?
Esconde (o governo) que há terceirizados no setor de informática (coração da administração), há
carência de pessoal na corregedoria estadual, no setor de auditoria e na área instrumental (com concursandos aguardando nomeação).
Nessa linha de raciocínio, e iluminados pela Teoria do Caos, podemos prever o arrefecimento de posições dos trabalhadores públicos em greve, das vítimas das políticas públicas (os que perecem nas camas dos hospitais) e é crível aguardar a revolta dos pagadores de impostos e ainda uma mega manifestação das vítimas da violência, daquelas pessoas que estão perdendo familiares nos assaltos ‘à luz do dia’, inclusive nos postos de gasolina e supermercados.
E então? É ou não previsível o caos (desordem)? Conseguirão o prefeito de Cuiabá e o Governador do Estado impedir o pior? Você acredita em alguém que faz campanha por “trânsito consciente” com um garoto propaganda que faz saltos ‘duplo twist carpado’ numa motocicleta a 15 metros de altura? E de um ‘empresário’ que vendeu os seus negócios em Cuiabá (faculdade) e investiu as economias no ‘sul maravilha’?
*Vilson Nery e Antonio Cavalcante Filho são militantes do MCCE (Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral).
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